Estudo socioepidemiológico das criações de caprinos e ovinos participantes de exposições agropecuárias do Rio Grande do Norte
epidemiologia, brucelose ovina, CAE, Maedi-Visna, leptospirose, linfadenite caseosa
O objetivo deste trabalho foi caracterizar os sistemas de criações de caprinos e ovinos participantes das exposições agropecuárias, assim como estudar a ocorrência das infecções por Brucella ovis em ovinos e lentivírus, linfadenite caseosa e leptospirose em caprinos e ovinos e seus fatores de risco. Foram realizados 64 questionários, sendo examinados 327 e 246 soros de caprinos e ovinos, respectivamente. A verminose, linfadenite e pododermatite foram os problemas sanitários mais relatados pelos produtores. As práticas sanitárias adotadas, de maneira geral, são pouco utilizadas nas propriedades de caprinos e ovinos. O sistema semi-intensivo (67,7%) é o mais utilizado e 71% dos produtores compram animais de outros lugares. A frequência de ovinos soropositivos para B. ovis foi 28% representado em 71,9% das propriedades com criação de ovinos. 25% das propriedades investigadas apresentaram um ou mais caprinos e ovinos soropositivos para os lentivírus. Dos 138 animais soropositivos para leptospirose, o sorovar Autumnalis foi o mais frequente, sendo encontrado em 76,19% dos caprinos e 38,88% dos ovinos. No estudo de caso-controle para análise de fatores de risco, tamanho do rebanho e compra de animais apresentaram associação. A linfadenite caseosa possui uma elevada soropositividade nos rebanhos (92,2%). Pode concluir que os animais de exposição estão soropositivos para algumas doenças infecciosas e o manejo inadequado observado na maioria dos produtores, pode disseminar a propagação de doenças e colocar outros animais em risco.