A MEDIAÇÃO COGNITIVA ATRAVÉS DAS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS NO PROCESSO DE INCLUSÃO DA PESSOA DIAGNOSTICADA COM AUTISMO EM UMA ESCOLA DO MUNICÍPIO DE AREIA BRANCA/RN
Autopoiesis; Cognição; Linguagem e Educação; Mediação; Tecnologia; Ontoepistemogênese.
Esta pesquisa tem por objetivo investigar a relevância da mediação cognitiva das tecnologias assistivas no processo de inclusão de pessoas com autismo em uma escola do município de Areia Branca/RN, a partir do trabalho com o recurso tecnológico tablet (touch). É importante esclarecer que o interesse por este tema surge quando um sujeito diagnosticado com TEA, que estuda na escola onde trabalho, se sente atraído por um recurso tecnológico e procura, de forma autônoma, manuseá-lo, o que ocorre quando ele consegue ligar um aparelho que não está sendo usado. A metodologia utilizada nesta pesquisa é a exploratória, onde se insere a cartografia com abordagem qualitativa desenvolvida junto aos sujeitos diagnosticados com TEA. Este cenário ocorre a partir da observação das crianças diagnosticadas com autismo e desenvolvendo-as com atividades que se concretizam através da manipulação de tecnologias, especificamente a GaiaAR, que faz uso de ludicidade por meio de jogos e outras funcionalidades. Entre os autores que auxiliam na fundamentação teórica, estão Maturana e Varela (1980) e Pellanda (2022). A pesquisa revelou que o acoplamento tecnológico, através do uso do tablet, foi crucial para o processo de complexificação dos sujeitos diagnosticados com TEA que participaram do estudo. Além disso, observou-se que o processo autopoiético ocorreu com os sujeitos no momento em que eles se sentiram seguros para o seu processo de desenvolvimento, utilizando jogos apresentados pelo profissional que acompanhou cada criança durante encontros com o objetivo de desenvolver um diário de bordo. A utilização de jogos permitiu que os sujeitos rompessem o isolamento social, uma vez que passaram a ter interação intensa com o profissional que os acompanhava, bem como com os outros colegas, sendo que nem sempre este cenário foi uma realidade. Em um dos encontros, um dos indivíduos chamou outra criança para compartilhar suas novas descobertas, por exemplo. Assim, é possível concluir que o acoplamento tecnológico é fundamental para o desenvolvimento de crianças com TEA, uma vez que este contexto favorece seu processo autopoiético.