UTILIZAÇÃO DE CINZAS RESIDUAIS DE OLARIA DO VALE DO ASSU COMO ADSORVENTE PARA REMOÇÃO DE METAIS PESADOS DE EFLUENTES CONTAMINADOS.
Cinzas residuais. Algaroba. Cajueiro. Adsorção. Metais pesados. Cobre
A rápida expansão das atividades industriais tem contribuído para o aumento da concentração de metais pesados em águas residuais. Vários métodos estão sendo estudados para redução desse problema; dentre eles, a adsorção é um método bastante utilizado oferecendo significativas vantagens: fácil operacionalidade e baixo custo. Uma das atividades econômicas mais desenvolvidas no interior do Rio Grande do Norte é a produção de cerâmica vermelha; a maior parte de suas indústrias usam como fonte energética a queima de madeira, como a algaroba e o cajueiro. O resíduo sólido resultante desta combustão, completa ou incompleta, são cinzas residuais; estas são descartadas sem qualquer tipo de controle ambiental. Na perspectiva do aproveitamento tecnológico dessas cinzas, o presente trabalho visa a reutilização das cinzas residuais como adsorvente para retirada de cobre desses efluentes. Nesta pesquisa as cinzas residuais foram obtidas em uma cerâmica do polo do Vale do Açu, localizada no interior do estado do Rio Grande do Norte. Foram utilizadas as técnicas de caracterização: fluorescência de raios X, ensaio de área superficial, microscopia eletrônica de varredura e ponto de carga zero. Os experimentos de adsorção em sistema de banho finito avaliaram a influência do pH e a cinética de adsorção; os modelos ajustados aos dados de equilíbrio foram avaliados quanto ao melhor ajuste pelo critério de Akaike, mostra que o modelo de pseudo-primeira ordem foi o que melhor descreveu a cinética de adsorção de ambos os adsorvatos, onde a taxa de adsorção é proporcional ao número de sítios disponíveis na superfície do adsorvente. Os resultados mostraram que as cinzas residuais da biomassa da algaroba e cajueiro tem grande potencial para ser utilizada como adsorvente na remoção de íons de cobre.