Defesa de dois artigos derivados da tese: Artigo 1 - Reúso de água em sistema aquícola na produção de
palma forrageira: circularidade, respostas morfofisiológicas e sustentabilidade no semiárido potiguar e
Artigo 2 - Circularidade na aquicultura: aspectos bromatológicos da palma forrageira fertirrigada com
água residuária no semiárido potiguar.
Palavras-chave do Artigo 1: Aquicultura sustentável, Opuntia cochenillifera, Economia circular, Aplicação
de efluentes, Diluição ideal, Análise multivariada.
Palavras-chave do Artigo 2: Reúso; Aquicultura sustentável; Opuntia cochenillifera, Qualidade nutricional;
Segurança hídrica; Alimentação animal.
Resumo do Artigo1: A crescente escassez hídrica demanda alternativas sustentáveis, como o reúso da
água de efluentes aquícolas na fertirrigação de culturas adaptadas ao semiárido, como a palma
forrageira miúda. Com o presente estudo objetivou-se avaliar características morfométricas e
produtivas da palma forrageira miúda fertirrigada com proporções de efluente aquícola diluído na água
de abastecimento. A instalação do experimento ocorreu na Unidade Experimental de Reúso de Água da
Universidade Federal Rural do Semi-Árido, em Mossoró-RN, Brasil. O estudo foi conduzido no
delineamento experimental de blocos casualizados, compreendendo cinco tratamentos (0A - 100% água
- controle, 25A - 75% água + 25% efluente, 50A - 50% água + 50% efluente, 75A - 25% água + 75%
efluente e 100A - 100% efluente) e cinco repetições. A palma foi fertirrigada, semanalmente, durante 26
meses, sendo a lâmina bruta obtida com base na evapotranspiração da cultura. Amostras das diluições
de efluente foram coletadas, bimestralmente, para caraterização de parâmetros físico-químicos
referentes à fertirrigação. Ao final de 26 meses, avaliou-se a morfogênese da palma, mensurando-se:
altura e largura da planta; número, ordem de emissão, comprimento, diâmetro, perímetro e espessura
dos cladódios. Calculou-se, ainda, a área ocupada, volume e peso fresco da fitomassa, e área
fotossintética total. Os dados foram submetidos a métodos multivariados envolvendo a correlação de
Pearson, análise fatorial e análise de componentes principais. 25A destacou-se, aumentando o número
de cladódios em 32% e a área fotossintética total em 28% em relação a 0A. A análise de componentes
principais revelou que 80,51% da variância dos dados foi explicada pelos dois primeiros fatores,
associados a número de cladódios e área fotossintética total. O dendrograma evidenciou
dissimilaridade entre anos de cultivo, indicando adaptação progressiva da planta. O 25A, também,
manteve a condutividade elétrica do solo abaixo de 1,16 dS m-1, minimizando riscos de salinização.
Para otimizar a produtividade da palma forrageira, recomenda-se a substituição de até 25% de água de
abastecimento pelo efluente aquícola como prática sustentável em regiões com escassez hídrica.