Banca de DEFESA: TASYELY DAYLHANY FREIRE DE LIMA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : TASYELY DAYLHANY FREIRE DE LIMA
DATA : 27/02/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Sala 22 PROPPG
TÍTULO:

COMPORTAMENTO DE ABELHAS EUROPEIAS E AFRICANIZADAS FRENTE AO ÁCARO Varroa destructor E AO FUNGO Vairimorpha spp. EM REGIÃO SEMIÁRIDA DO BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

Sanidade apícola. Resistência parasitária. Apis mellifera. Varroatose. Nosemose.


PÁGINAS: 91
RESUMO:

O distúrbio do colapso das abelhas é um fenômeno que vem preocupando produtores e estudiosos, pois
enxames estão sumindo de suas colmeias deixando alimentos e crias para trás sem motivos aparentes.
As doenças e condições climáticas vem sendo citados como os principais fatores para esse sumiço das
abelhas, sendo a Varroatose e a nosemose as principais doenças que vem disseminando as colônias
pelo mundo. As abelhas do gênero Apis chegaram ao Brasil por meio introdução da abelha europeia em
1830, com características de baixa produção de mel e baixa defensividade, mas com o crescimento do
interesse pela apicultura e baixa produção de mel, foram introduzidas abelhas africanas, havendo o
cruzamento descontrolado entre as espécies e gerando o poli-hibrido abelha africanizada, que
apresenta alta produtividade e o comportamento defensivo. Todavia, a defensividade das abelhas
africanizadas vem gerando descontentamento entre os apicultores brasileiros, que estão buscando a
reintrodução das abelhas europeias no país com a finalidade de reduzir essa característica, levando à
preocupação quanto a sanidade e desenvolvimento destas colônias nas diversas regiões. Dessa forma,
objetivou-se analisar a resposta comportamental de colônias de abelhas africanizadas e europeias
quanto a infestação do ácaro Varroa destructor e infecção pelo fungo Vairimorpha spp. em região
semiárida. Para isso, foi desenvolvido um estudo utilizando 10 colônias de abelhas africanizadas e 8
colônias europeias Buckfast, durante cinco meses,. A avaliação comportamental das colônias foi
realizada por meio da coleta de dados referentes ao ácaro V. destructor, sendo taxa de infestação em
abelhas adultas e pupas, comportamento CHSV e grooming, e a taxa de infecção por Vairimorpha spp.
Os dados apontam para diferenças estatisticamente significativas entre a resposta das abelhas
africanizadas e europeias, sendo: p <0,0001 para taxa de infestação por V. destructor em abelhas
adultas; p = 0,00697 para taxa de infestaçâo por V. destructor em pupas; p = 0,010144 para
comportamento de CHSV; p = 0,02533 para comportamento de grooming; e p = 2,28551-10 para taxa de
infecção por Vairimorpha spp. As abelhas europeias apresentaram as maiores taxas de infestação por
V. destrutor em abelhas adultas e em pupas, e infecção por Vairimorpha spp., enquanto que as abelhas
africanizadas apresentaram maior expressão do comportamento higiênico sensível a Varroa e
comportamento de grooming. As abelhas africanizadas se mostraram mais resistentes e tolerantes ao
ácaro e ao fungo em condições semiáridas, enquanto que as abelhas europeias se mostraram menos
resistentes e não se desenvolveram de forma satisfatória nas condições do experimento. A
reintrodução das abelhas europeias no Brasil se mostra como um risco potencial para a apicultura, pois
se mostram menos intolerantes a presença do V. destructor e do Vairimorpha spp.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - Carlos Alfredo Lopes de Carvalho - UFRB
Externo à Instituição - DAVID DE JONG - USP
Presidente - ***.159.123-** - DEBORA ANDREA EVANGELISTA FACANHA - DOUTOR(A)
Notícia cadastrada em: 26/02/2025 12:08
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