EFICIÊNCIA ADMINISTRATIVA DOS MUNICÍPIOS DO RIO GRANDE DO NORTE: UMA AVALIAÇÃO POR MEIO DA ANÁLISE ENVOLTÓRIA DE DADOS (DEA)
Eficiência; Municípios; Recursos; Gestão; DEA.
A eficiência na gestão pública mede em que grau os resultados das ações estatais efetivamente beneficiam a população, considerando a real necessidade e a oportunidade dessas intervenções. Dessa forma, esse princípio deve estar cada vez mais presente na administração pública, sendo essencial para assegurar a adequada prestação dos serviços públicos e a correta aplicação dos recursos disponíveis e o seu descumprimento pode acarretar impactos sociais e econômicos relevantes (Pegoraro; Vieira, 2017; Silva; Lima, 2023). A partir disto, esta pesquisa parte da problemática “Os municípios do Rio Grande do Norte estão utilizando seus recursos financeiros, humanos e estruturais de forma eficiente para maximizar os resultados administrativos e promover a qualidade de vida de suas populações?”. Tendo como objetivo avaliar a eficiência administrativa dos municípios do RN referente ao ano de 2023 utilizando a Análise Envoltória de Dados (DEA). Para isso foi realizada uma pesquisa descritiva de natureza quantitativa e se utilizou-se a DEA modelo BCC com orientação a outputs e complementar a ela foram utilizadas a eficiência invertida de Yamada et al. (1994) e Entani et al. (2002) e a eficiência composta de Leta et al. (2005), como ferramenta de análise de eficiência a partir de variáveis de inputs e outputs compostas por diversas áreas da gestão pública. A amostra da pesquisa foi composta por 162 municípios (DMUs) que continham as informações de todas as variáveis de inputs e outputs. Os resultados indicaram que, entre os 20 municípios com melhor desempenho, a maioria possuía população inferior a 10 mil habitantes. Na análise por porte populacional, os municípios de porte médio apresentaram os melhores índices de eficiência. Em contrapartida, os municípios de maior porte populacional foram os que registraram os menores níveis de eficiência, evidenciando que um maior porte não está necessariamente associado a um grau mais elevado de eficiência na gestão pública.