Banca de DEFESA: MARCOS FILHO LIMA BASTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARCOS FILHO LIMA BASTOS
DATA : 25/02/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Remotamente, via google meet
TÍTULO:

O IMPACTO DAS DIMENSÕES MEIO AMBIENTE E MUDANÇA DO CLIMA NO
DESEMPENHO FINANCEIRO: UMA ANÁLISE NAS ORGANIZAÇÕES LISTADAS

NO ÍNDICE DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL

PALAVRAS-CHAVES:

 

Desempenho Ambiental. Desempenho Financeiro. Índice de
Sustentabilidade Empresarial. Mercado de Capitais. Mudanças Climáticas.

PÁGINAS: 177
RESUMO:

O presente estudo possui como tema o impacto das dimensões meio ambiente e
mudança do clima do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) no desempenho financeiro
das empresas listadas, adotando como variáveis ambientais, o desempenho nas supracitadas
dimensões do índice e como variáveis financeiras indicadores de rentabilidade e lucratividade,
abrangendo o período de 2021 a 2023. O objetivo geral deste estudo é analisar a influência
das dimensões Meio Ambiente e Mudança Do Clima no desempenho financeiro nas empresas
listadas no ISE. Ainda, como objetivos específicos, adotou-se analisar a metodologia dos
critérios de avaliação da pontuação da dimensão meio ambiente do ISE; propor um framework
com a identificação de oportunidades de melhorias dos critérios de avaliação da dimensão
Meio Ambiente do ISE; verificar a existência de correlação entre a pontuação das dimensões
meio ambiente e mudança do clima com o desempenho financeiro; avaliar a capacidade
explicativa do desempenho ambiental no desempenho financeiro; avaliar a capacidade
explicativa do desempenho financeiro no desempenho; e compreender a percepção dos
gestores acerca da relação entre desempenho ambiental e desempenho financeiro nas
organizações. O estudo se divide em três fases metodológicas, a primeira de natureza
descritiva e abordagem qualitativa, com a finalidade de analisar o questionário de pontuação
do ISE, a segunda de natureza descritiva e abordagem quantitativa, em que foram aplicadas as
técnicas de correlação de Pearson e regressão linear múltipla de dados nas variáveis de estudo.
Por fim, a terceira de natureza explicativa e abordagem qualitativa, em que foram realizadas
entrevistas semiestruturadas com gestores das organizações listadas com a finalidade de
compreender a percepção que estes possuem acerca da relação entre o financeiro e o
ambiental. Os resultados da primeira etapa da pesquisa permitiram a construção de um
framework com sugestões de melhoria para os critérios da avaliação de desempenho
ambiental utilizados pelo ISE, as melhorias abrangeram a personalização setorial, adoção de
métricas quantitativas e comparativas voltadas para a comparação intrasetorial, redução de
impacto e flexibilidade avaliativa, aprofundamento na avaliação de estratégias e avaliação da
cadeia de fornecimento. A segunda etapa do estudo, de caráter quantitativo, revelou relação
positiva e significativa, porém de baixa magnitude, do desempenho empresarial nas
dimensões ambientais do ISE com o ROE das empresas listadas. Além disso, os modelos de
regressão múltipla evidenciaram que o desempenho da dimensão Meio Ambiente exerce
influência positiva e de significância estatística, porém de baixa magnitude prática, nos
indicadores de rentabilidade ROA e ROE das empresas listadas, bem como o ROE exerce

também influência positiva, significante e de baixa magnitude em ambas as dimensões
ambientais do ISE, enquanto o ROA somente na dimensão Mudança do Clima, havendo a
confirmação parcial das hipóteses de pesquisa. Por fim, a terceira etapa do estudo trouxe
respostas acerca da percepção dos gestores sobre a relação entre o desempenho ambiental e
financeiro no contexto de empresas participantes do ISE. Identificou-se que os gestores
reconhecem o impacto das práticas de gestão ambiental para o resultado financeiro, com
destaque para os riscos e oportunidades relacionados, para a imagem organizacional,
reputação e competitividade, bem como para as barreiras ainda existentes na implementação
de práticas ambientalmente mais sólidas e integradas aos aspectos financeiros. Foi possível
concluir, ao longo da pesquisa, que a relação entre os desempenhos financeiro e ambiental é
dinâmica e complexa, mas que os resultados já apontam para o impacto positivo do
desempenho ambiental no desempenho financeiro empresarial, evidenciando a necessidade de
melhor integração dessas áreas na gestão das empresas.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - ***.617.880-** - CLANDIA MAFFINI GOMES - UFSM
Externa ao Programa - 1504300 - LILIAN CAPORLINGUA GIESTA CABRAL - UFERSAExterna à Instituição - Jordana Marques Kneipp - UFSM