ECONOMIA COLABORATIVA ENQUANTO PARADIGMA DA NOVA GESTÃO PÚBLICA.
Economia Colaborativa; Governança; Capacidades Institucionais; Cooperativismo; Serviços Públicos.
Desafios contemporâneos têm sido impostos à gestão pública reivindicando a busca de soluções inovadoras e permanentes na prestação de serviços aos cidadãos. A economia colaborativa, impulsionada pelo fenômeno da globalização, pode possibilitar uma nova abordagem dentro do paradigma do novo gerencialismo no setor público? Essa questão se torna relevante na medida em que se observam limitações na gestão dos serviços públicos municipais. Para tanto, esta dissertação teve como objetivo central analisar se a gestão colaborativa do serviço público pode aprimorar a governança e as capacidades institucionais municipais. A abordagem metodológica teve caráter qualitativo exploratório descritivo. Foram realizadas entrevistas com gestores públicos atuais de cinco municípios do semiárido nordestino e com o presidente da FEMURN, e os dados coletados foram tratados utilizando a técnica análise de conteúdo. Os resultados observados confirmam as limitações gerenciais na gestão dos serviços municipais, bem como indica que a gestão colaborativa do serviço público pode trazer uma perspectiva positiva a partir da efetiva e direta atuação do cidadão. Contudo, o interesse por parte dos gestores públicos e a vontade em desenvolver mecanismos efetivos de incentivo à colaboração se apresenta ainda arraigada à herança pública e cria obstáculos à inovação colaborativa gerencial dos serviços públicos. Além disso, a falta de interesse dos cidadãos em colaborar com a esfera pública é citada como a principal barreira para esse modelo gerencial colaborativo público.