A COESÃO TEXTUAL NO LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA PORTUGUESA: UMA PERSPECTIVA TEXTUAL
Coesão Textual. Língua Portuguesa. Linguística Textual. Livro Didático
Nessa pesquisa, buscamos desenvolver uma reflexão sobre o fenômeno da coesão textual em livros didáticos de língua portuguesa. Para tal, compreendemos que o fenômeno da coesão textual colabora para a coerência lógica do texto, tornando-o compreensível, ordenado e persuasivo ao leitor. A coesão estabelece o relação entre os elementos da superfície do texto e os sentidos, constituindo um processo fundamental para a sua produção. Diante dessa premissa, consideramos a coesão textual, de caráter referencial, como objeto central da nossa pesquisa ao investigar os conceitos que fundamentam seu ensino a partir da análise das atividades do livro didático de língua portuguesa do ensino fundamental destinado às turmas do último ano dessa etapa de estudo aprovados e selecionados a partir do PNLD. Como objetivos específicos buscamos identificar, comparar e interpretar os aspectos gramaticais quanto à coesão textual no livro didático; como também, pontuar as principais mudanças conceituais adotadas nas obras selecionadas sempre em consonância as contribuições da LT. Nossa pesquisa situa-se no campo da Linguística Textual e, para tanto, dialogamos com autores como Koch (1989, 2002, 2004, 2006), Antunes (2005) e Marcsuchi (1983,1998, 2012). No que concerne ao livro didático, nos fundamentamos em Dionísio (2020) e Bunzen (2005, 2009, 2020). A metodologia adotada para essa pesquisa é de caráter qualitativo e de natureza documental, baseando-nos na sequência de procedimentos sugeridos por Paiva (2019), Coracini (2011) e Gil (2008). A análise documental se detém sobre quatro obras didáticas, de Língua Portuguesa, destinadas as turmas dos anos finais do ensino fundamental II, são elas: Comunicação em Língua Portuguesa dos autores Carlos Faraco e Francisco Moura de 1985; Português Através dos Textos de Magda Soares de 1998/1999; Português e Linguagens, terceira obra dos autores Thereza Cochar Magalhães e William Roberto Cereja de 2005; e por último, Tecendo Linguagens, de Lucy Aparecida Melo Araújo. Todas as obras mencionadas foram aprovadas pelo PNLD.