EXCLUSÃO FEMININA NO ENSINO DA FILOSOFIA
Exclusão. Filosofia. Mulheres. Ensino.
A presente pesquisa se volta para discutir a problemática relacionada à ausência de mulheres no ensino de Filosofia. Com base na pesquisa de campo na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), especificamente junto ao curso de Filosofia, percebe-se que os discentes seguem a sistemática que se via desde tempos mais remotos, na Grécia Antiga, onde as mulheres não tinham espaço para participar das discussões democráticas, fazendo com que a política acabasse se tornando objeto de análise única exclusivamente dos homens. Além disso, analisando esta realidade pelo viés do gênero, percebe-se claramente que o assunto é analisado por filósofas como Judith Butler, Ângela Davis, Margaret Mead, Guacira Lopes Louro, que apresentam uma visão voltada para a superioridade do homem, em uma sociedade tida como falocêntrica. E é em meio a esse ambiente dominado por homens, até na Academia, que se percebe claramente que não se tem espaço para exposição de ideias e teorias de mulheres que militam na Filosofia. Exceto na disciplina Análises de Textos Filosóficos, não existe nenhum outra brecha na grade curricular do curso de Filosofia que permita a inserção das ideias das mulheres filósofas. Embora elas sejam significativamente importantes na história da Filosofia, o legado delas continua deixado de lado. Mesmo depois de conquistas alcançadas à base de sangue, como, por exemplo, o de ser tratada igualmente como o homem. Apesar de, ainda, existir muita controvérsia sobre essa afirmação. O presente estudo vai analisar o PPC do curso de Filosofia e expor o que pensam alunos e professores lotados no Departamento de Filosofia da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.