O ENSINO DE HISTÓRIA NA CONTEMPORANEIDADE: TECNOLOGIAS DIGITAIS, INTERNET E SALA DE AULA
Ensino de História. Tecnologias digitais. Inclusão digital.
O estudo propõe analisar o uso pedagógico das tecnologias digitais no ensino de História como contributo para a inclusão digital do aluno e, consequentemente, o desenvolvimento de sua cidadania. Superando a noção tradicional de inclusão digital enquanto mero acesso às Tecnologias da Informação e Comunicação, o termo é compreendido como o acesso aos artefatos digitais, o domínio técnico-operacional e, mais importante, seu uso crítico, autoral e reflexivo. Ao longo do texto, a inserção das tecnologias digitais no ensino de História é fortemente defendida, tendo em vista suas potencialidades no campo da informação, comunicação e interação e as transformações que vêm provocando nas formas de vida contemporânea. Tais mudanças estão reconfigurando as noções de tempo, espaço, conhecimento, dos contextos e identidades estabelecidas. Por essa razão, os usos das tecnologias precisam ser efetivados a partir de novos modelos pedagógicos, em harmonia com as inovações trazidas por elas, para que a inclusão digital do aluno e o desenvolvimento do seu pensar crítico aconteçam, de modo que ele se veja como cidadão e sujeito da história. A análise da contribuição do uso pedagógico das tecnologias digitais para a promoção da inclusão digital do aluno de História é realizada por meio de um estudo de campo qualitativo, de natureza explicativa, cujo universo são professores de História da rede pública de ensino. A entrevista semiestruturada e a observação não participante constituem as técnicas de coleta de dados utilizadas. O aporte teórico acerca das tecnologias digitais, ciberespaço e seus efeitos na sociedade e na escola é dado, entre outros, por Pierre Lévy (1996; 1998; 1999; 2007), José Manuel Moran (2013; 2015; 2017), Heinsfeld e Pischetola (2017) e Marc Prensky (2001; 2012). Para embasar a discussão sobre o ensino de História, métodos e estratégias, e sua relação com as tecnologias digitais e o ciberespaço, foram usados autores como Eucídio Pimenta Arruda (2011; 2013; 2014), Itamar Freitas (2010), Circe Bittencourt (1993; 2011; 2017) e Elza Nadai (1993). Maria Helena Bonilla (2005), Bonilla e Nelson de Luca Pretto (2011), André Lemos (2003; 2007; 2008; 2009; 2011) e Manuel Castells (2002, 2003, 2005) são os teóricos por meio dos quais se discute a inclusão digital enquanto via para a inclusão social e o exercício da cidadania.