ESTUDO DAS PROPRIEDADES DE RADIAÇÃO DE ANTENAS DE MICROFITA UTILIZANDO DIFERENTES CONFIGURAÇÕES DE ESTRUTURAS EBG/PBG
Antenas de microfita, banda proibida, frequência de ressonância, propriedades de radiação
As antenas de microfita possuem uma gama de aplicações bastante diversificada, indo desde aplicações de comunicação sem fio e rádio móvel até aplicações especiais de alto desempenho como aplicações em sistemas aeroespaciais e de aeronáutica. Dentre suas principais vantagens, podem-se destacar o seu peso leve, pouco volume ocupado, facilidade de se moldar a qualquer superfície, custo de fabricação reduzido, possibilidade de utilização em circuitos integrados, dentre outras. Entre suas limitações estão a estreita largura de banda (valores normalmente entre 1 a 3%), baixo ganho, baixa eficiência, capacidade de potência limitada, dentre outras. Diversas maneiras de melhorar o desempenho das antenas de microfita têm sido citadas na literatura, dentre tais maneiras encontra-se o uso de estruturas periódicas que atenuam a propagação em certas direções da onda eletromagnética, fazendo com que bandas proibidas (band gaps) sejam criadas, onde a onda eletromagnética se propagará em certas faixas de frequência e será proibida de se propagar em outras, tais estruturas recebem o nome de estruturas EBG/PBG (Eletromagnetic Band Gap e Photonic Band Gap). O uso dessas estruturas em substratos de antenas de microfita melhoram o desempenho das antenas, pois diminuem a propagação de ondas dentro do substrato e aumentam a radiação pelo ar (direção desejada), atenuando assim, as ondas de superfície e o efeito de borda – que causam degradação no diagrama de irradiação da antena – e, consequentemente, melhorando a largura de banda e a eficiência da antena. Os termos EBG/PBG se distinguem apenas no que diz respeito a faixa de frequência onde operam e as dimensões envolvidas. O presente trabalho se propõe a realização de um projeto e análise de uma antena de microfita Patch retangular padrão para a frequência de ressonância de 4,5 GHz (faixa da banda S até a banda X – 3 a 9 GHz) com um substrato dielétrico de material RT/duroid 6010 utilizando o software de simulação Ansoft HFFS ®. Em seguida, será realizada uma comparação entre os valores simulados e medidos para o dispositivo proposto a fim de validar os resultados. Diversas configurações de estruturas EBG/PBG serão incluídas no substrato da antena padrão, de modo a se verificar a influência dessa estrutura no desempenho da antena, analisando valores de perda de retorno (S11), frequência de ressonância, largura de banda, diagramas de irradiação 2D e 3D, densidade superficial de corrente no elemento irradiador, ganho e diretividade.