Banca de DEFESA: JACKELINE CARMINDA CABRAL DE FREITAS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JACKELINE CARMINDA CABRAL DE FREITAS
DATA: 27/04/2017
HORA: 15:00
LOCAL: PROPPG - SALA 23
TÍTULO:

A PERCEPÇÃO DOS DONOS DE TERRAS PRODUTORAS DE PETRÓLEO ACERCA DA PRESENÇA DAS EMPRESAS EXPLORADORAS NA LOCALIDADE ONDE VIVEM


PALAVRAS-CHAVES:

petróleo; empresas exploradoras; donos de terras.


PÁGINAS: 113
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:

Objetivou-se analisar a relação que os donos de terras produtoras de petróleo mantêm com as empresas exploradoras e como estes reconhecem os termos dessa convivência e se manifestam a seu respeito. Trata-se de uma pesquisa de caráter exploratório e natureza qualitativa. Os participantes da pesquisa totalizam 33 moradores de zonas rurais localizadas no município de Mossoró-RN e seu entorno. Para a coleta de dados foi utilizado um roteiro de entrevista com questões abertas aliado a confecção de um diário, perfazendo elementos chaves na pesquisa não participante. Após a transcrição de todas as falas gravadas no aparelho de mídia mp3 o material foi organizado lado a lado com as anotações do diário. Após isso se definiu as categorias de análise a serem trabalhadas com posterior interpretação dos dados. Os discursos foram evidenciados a partir de três categorias: Motivos de contentamento/descontentamento com as empresas exploradoras de petróleo; Principais mudanças ocasionadas com a chegada das empresas e Como a empresa é vista atualmente. Os entrevistados evidenciaram em suas falas a existência de uma relação verticalizada de poder mantida com as empresas exploradoras que de tão longínqua chega a confundi-los e fazê-los culpabilizar unicamente a estatal Petrobras pela diminuição no repasse financeiro que lhes é concedido em razão da limitação do uso de suas terras em virtude da alocação dos instrumentos de coleta de óleo. Diante dessa situação já posta através de determinação legal, a preocupação com o meio ambiente ficou adstrita ao entorno tipicamente rural ocupado por essas famílias, demonstrando que eles reconhecem unicamente os aspectos que possam causar malefícios ao universo local quando se trata da questão ambiental. Ainda, em virtude do desconhecimento do papel da Agência Nacional do Petróleo e Gás Natural- ANP como instrumento de regulação dessa relação, os donos de terras produtoras seguem prejudicados em razão de uma alegada desinformação acerca da real situação econômica do petróleo na região. Os entrevistados também deixaram transparecer que inexistem quaisquer formas de organização atualmente em curso capaz de torna-los sujeitos ativos nessa parceria com essas empresas. Em virtude disso, não se pode falar que a chegada da indústria do petróleo trouxe consigo uma evidente oportunidade de distribuição de renda para as famílias das comunidades rurais do semiárido haja visto a ausência de políticas consolidadas por parte das empresas exploradoras bem como do poder público com o intuito de torna-los independentes nesse sentido. Entretanto sabe-se que os anos áureos da economia de tal setor foi fator contributivo e modificativo da realidade desses sujeitos, visto se tratar de um subsídio capaz de manter suas atividades de agricultura familiar e criação de gado em pequena escala, ensejando como um suporte para a continuidade de obtenção de renda nos períodos de entressafra e seca prolongada.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1668954 - LIANA HOLANDA NEPOMUCENO NOBRE
Presidente - 1806454 - VALDEMAR SIQUEIRA FILHO
Externo à Instituição - VINICIUS CLAUDINO DE SÁ - UERN
Notícia cadastrada em: 12/04/2017 18:45
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