AVALIAÇÃO TÓXICA, CITOTÓXICA, E MUTAGÊNICA DE EXTRATOS AQUOSOS DE Ipomoea asarifolia (CONVOLVULACEAE)
Ipomoea, toxicidade, citotoxicidade, mutagenicidade.
As espécies do gênero Ipomoea estão inclusas dentre as plantas daninhas comumente encontradas em áreas de cultivo, especialmente Ipomoea asarifolia (Salsa) relatada como uma espécie vegetal tóxica e que causa distúrbios neurológicos. Não existem estudos sobre a toxicidade a nível celular e genético que o consumo dessas plantas possa provocar nos animais de produção da região do Semiárido. O objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade tóxica, citotóxica e mutagênica do extrato aquoso de folhas da espécie I. asarifolia (Convolvulaceae) sobre crescimento de raízes e germinação de sementes de Allium cepa (teste de A. cepa) e sobre a frequência de eritrócitos micronucleados em células da medula óssea de roedores in vivo (teste do micronúcleo), além da obtenção da Dose Letal Mediana (DL50). O extrato aquoso de folhas secas não provocou efeitos tóxicos e citotóxicos. Para o extrato aquoso de folhas frescas em bulbos não houve efeito tóxico e citotóxico, mas houve efeito tóxico nas sementes de Allium cepa em período de exposição prolongando, não apresentando efeito citotóxico. Não houve efeito citotóxico nem mutagênico nas células de roedores. A DL50 encontrada foi 705, 31 mg/Kg. Não houve influência do gênero sobre o efeito tóxico, mas em concentrações de 300 mg/Kg e 600 mg/Kg houve perda de peso.