HIPOCALCEMIA: INTER-RELAÇÃO COM AS ESPÉCIES RETIVAS DO OXIGÊNIO (ERO) E SUA INTERFERÊNCIA NO PERFIL METABÓLICO E NA SAÚDE DE VACAS GIROLANDO
bovinocultura leiteira, estresse metabólico, calcemia, espécies reativas de oxigênio
Objetivou-se avaliar as concentrações de cálcio, sua inter-relação com o estresse oxidativo e as alterações sobre o metabolismo, parâmetros clínicos e a composição do leite durante o período de transição de vacas leiteiras Girolando. Para tanto, foram monitoradas 40 matrizes da raça Girolando, pelo período de 30 dias anteriores e sete dias posteriores ao parto. As coletas de sangue foram realizadas por meio de punção da veia coccígea, distribuídas em três momentos: 21 dias anteriores a previsão de parto (M1), 0-12 horas após o parto (M2) e sete dias após o parto (M3). As vacas foram divididas em dois grupos: T1, normocalcêmico (n=8); T2, hipocalcêmico (n=7). O cálcio total (Ca) foi determinado no soro, sendo o Ca ionizado calculado a partir desse resultado, considerando ainda os teores de albumina e da proteína total. O estresse oxidativo foi determinado pela mensuração da capacidade antioxidante total (CAT), da capacidade oxidante total (COT) e da peroxidação lipídica. O balanço energético foi estabelecido através da medição do beta-hidroxibutirato (BHB) e da glicose; através da proteína total e da albumina, no sangue, além da ureia, no leite, determinou-se o metabolismo proteico; o status metabólico mineral, além do Ca, níveis sanguíneos de Mg, Na e Cl foram avaliados, bem como, o pH. A sanidade animal foi determinada através de exames clínicos, sendo aferidos: temperatura retal (TR), frequências cardíacas (FC) e respiratórias (FR), exame das mucosas, movimentos ruminais (MR), avaliação do escore de condição corporal (ECC) e estado geral de saúde (EGS). Amostras de leite foram coletadas para determinação do teor de gordura, proteína, lactose, extrato seco (ES), extrato seco desengordurado (ESD), ureia, contagem de células somáticas (CCS) e perfil da lactose (tamanho e potencial zeta).