ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO DA DIPIRONA EM JUMENTOS (EQUUS ASINUS)
Metamizol. Farmacocinética. Agranulocitose. Asinino.
A dipirona, fármaco não esteroidal com propriedades analgésicas, antipiréticas e espasmolíticas, faz-se presente no tratamento de asininos com síndrome cólica, controle de dores musculares, controle de hipertermia, entre outros, porém com tratamentos erroneamente extrapolados dos equinos. Almeja-se desenvolver um protocolo de acompanhamento farmacoterapêutico da dipirona para jumentos, considerando a análise dos níveis plasmáticos dos metabólitos ativos da dipirona, 4-metilaminoantipirina (4-MAA) e 4-aminoantipirina (4-AA), obtidos por meio de cromatografia líquida de ultra eficiência acoplada a espectrometria de massas (UPLC-MS/MS) e monitoramento de reações adversas após múltiplas administrações de 25mg/Kg, por via intravenosa a cada 12hr, totalizando 6 aplicações por animal. Serão utilizados 10 jumentos hígidos, adultos, castrados, obtendo-se amostras sanguíneas e parâmetros fisiológicos (FC, FR, PAS e TR) em tempos predeterminados, iniciando no momento 0 (antes da primeira administração), repetindo com 10min, 60min e 12hr após cada administração, até 72hr. A análise farmacocinética ocorrerá conforme Macêdo et al. (2021) com pequenas modificações, o plasma obtido permanecerá acondicionado em criotubos a -80°C até o momento das análises, realizadas em duplicata. Os dados serão adquiridos e analisados pelo software Labsolution®. Realizar-se ainda a cada 24hr hemograma, processados de forma manual, auxiliando na investigação de reações adversas. Ao fim do experimento os dados serão submetidos à análise estatística utilizando o software Biostat® versão 5.0, para a realização do teste de normalidade Komogorov-Smirnov, seguida de pós-teste definido após análise de normalidade. Estima-se com o presente trabalho compreender as alterações nas concentrações plasmáticas oriundas da terapia escolhida e se a mesma é farmacoterapeuticamente adequada.