Banca de DEFESA: EMANUEL LUCAS BEZERRA ROCHA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EMANUEL LUCAS BEZERRA ROCHA
DATA: 17/03/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma digital Google Meet
TÍTULO:

MORFOLOGIA DA GÔNADA DE FILHOTES RECEM-ECLODIDOS DE TARTARUGA-DE-PENTE (Erecmochelys imbricata)


PALAVRAS-CHAVES:

Dimorfismo sexual, histologia, ultraestrutura, testundines.


PÁGINAS: 69
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Medicina Veterinária
RESUMO:

As alterações climáticas são consideradas uma grande ameaça à biodiversidade global.
As tartarugas marinhas exibem sua determinação sexual dependente da temperatura,
portanto consideradas vulneráveis a mudanças nos regimes térmicos. Sendo assim, as
temperaturas dos ninhos afetam o sexo, a aptidão e a sobrevivência dos filhotes. Dentre
as espécies que desovam no litoral do Rio Grande do Norte, as tartarugas-de-pente
(Eretmochely simbricata) são as mais criticamente ameaçadas. Assim, o presente estudo
tem como objetivo observar se existe dimorfismo sexual em filhotes recém-eclodidos de
tartaruga-de-pente por meio da caracterização morfológica do das gônadas. Os animais
foram coletados na praia de Cabo de São Roque, Município de Barra de Maxaranguape.
Após a coleta, retirou-se o plastrão, onde foi possível a identificação e dissecação do
complexo gônada-mesonefro (CGM). Em seguida, o CGM foi submetido a análise
macroscópica, fragmentando e fixado em paraformaldeído a 4% e glutaraldeido a 2,5%
em tampão fosfato por 24h, seguido de processamento para microscopia de luz e
microscopia eletrônica de transmissão (TEM), respectivamente. Nos achados
macroscópicos, verificou-se que as gônadas das fêmeas possuíam um aspecto granuloso,
cor esbranquiçada translúcida e com forma fusiforme. Já nos machos, as gônadas foram
identificadas com superfície lisa, com cor branco opaco e formato aproximadamente
ovoide. Também foi possível observar maior vascularização na superfície das gônadas
das fêmeas do que nos machos. Na microscopia, foi possível confirmar os sexos dos
indivíduos, principalmente, pela diferença da estrutura da medula, onde as fêmeas
possuíam celularidade desorganizada, com presença de ovogônias, lacunas e vasos
sanguíneos. No entanto, nos machos a medula apresentou um padrão organizacional
marcado pela presença de túbulos seminíferos e toda sua extensão. No que se refere a
ultraestrutura, as fêmeas apresentaram um estroma marcado por uma rede de associação
entre vasos sanguíneos, lacunas, fibroblastos, fibras de colágeno, músculo liso, células
intersticiais com citoplasma rico em vesículas eletrodensas e células da linha germinativa
(ovogônias) que apresentavam forma oval ou redonda grandes, com núcleo conspícuo e
não central, citoplasma abundante. Já nos machos, foi possível observar no interior dos
túbulos seminíferos, células piramidais com pouca heterocromatina, citoplasma apical
aproximadamente triangular e basal com um nucléolo evidente característico de célula de
Sertoli (CS). Junto a lâmina basal identificou-se células pavimentosas com características
de células mioides (Cm) e no interstício observou-se células com características de função
endócrina com vesículas eletrodensas em seu interior, padrão semelhante a células de
Leydig (Ly). As Ly apresentavam núcleo arredondado, heterocromatina distribuída
irregularmente e um nucléolo proeminente. Concluiu-se que tanto a avaliação
macroscópica, microscópica e ultraestrutural se mostram técnicas efetivas e de confiança
para a identificação sexual. Também vale salientar que na ausência das gônadas a análise
microscópica dos ductos paramesonéfricos e dos apêndices dos ductos representam uma
alternativa para identificação sexual na espécie em questão.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANDRE DE MACEDO MEDEIROS - UFERSA
Externo à Instituição - ANTONIO CHAVES DE ASSIS NETO - USP
Presidente - 2330828 - CARLOS EDUARDO BEZERRA DE MOURA
Notícia cadastrada em: 16/03/2021 10:32
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