Banca de DEFESA: PALOMA DE MATOS MACCHI

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PALOMA DE MATOS MACCHI
DATA: 20/02/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do CCBS – Centro de Ciências Biológicas e da Saúde
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DA FARINHA DE FOLHA DE MORINGA (Moringa oleifera) NA ALIMENTAÇÃO E IMUNIDADE DE CODORNAS EUROPEIAS (Coturnix coturnix)


PALAVRAS-CHAVES:

carcaça, bioquímica sérica, estresse, imunidade, análise econômica


PÁGINAS: 78
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Medicina Veterinária
SUBÁREA: Medicina Veterinária Preventiva
RESUMO:

A criação de codornas tem se mostrado muito promissora no Brasil, apresentando várias vantagens em relação à criação poedeiras e frangos de corte. Independente da finalidade de criação (carne ou ovos), tem tido crescimento constante em todas as regiões do Brasil. Alternativas nutricionais de baixo custo, que beneficiem o sistema imune frente às maiores exigências de aves mantidas em clima quente, podem favorecer o crescimento da coturnicultura no Nordeste brasileiro. A Moringa oleifera é uma opção que tem apresentado importantes características nutricionais e funcionais na alimentação animal. Este estudo objetivou avaliar o efeito da inclusão da folha de Moringa oleifera na alimentação de codornas europeias (Coturnix coturnix) sobre parâmetros de desempenho, rendimento de carcaça, peso de órgãos e bioquímica sérica, visando diminuir custos de produção sem comprometer desempenho e bem-estar. Foram utilizadas 360 codornas mistas da Granja Fujikura®, de 1 a 42 dias de idade, distribuídas aleatoriamente em 05 grupos, que consistiam 05 tratamentos (06 repetições) com n=12. As aves foram alimentadas ad libtum com rações experimentais à base de milho e farelo de soja, com 05 níveis de inclusão de proteína de folhas de Moringa oleifera (0.0%; 1.0%; 2.0%; 3.0%; 4.0%) em substituição a proteína do milho e soja, formuladas para 2 fases de criação, todas confeccionadas na forma farelada e isonutritivas. O experimento em campo se realizou no Instituto Federal do Rio Grande do Norte, Campus Ipanguaçu, em aviário tipo convencional onde as aves foram alojadas em boxes forrados com maravalha. Os padrões de manejo foram seguidos conforme o manual da linhagem para codornas de corte criadas em clima quente/verão. As folhas de moringa foram provenientes da área experimental do Campus Ipanguaçu, de plantas com seis meses de idade e intervalos de corte de 45 dias. O desempenho foi avaliado em duas fases (1 a 21 dias e 22 a 42 dias de idade). Aos 28, 35 e 42 dias de idade, amostras de 02 aves por grupo experimental foram escolhidas aleatoriamente para avaliação do rendimento de carcaça. A coleta de sangue e órgãos imunes e comestíveis ocorreu aos 14, 28 e 42 dias de idade das aves, a partir de 06 aves por grupo escolhidas aleatoriamente para avaliação da bioquímica sérica: Aspartato aminotransferase - AST; Alanina aminotransferase - ALT; Fosfatase alcalina - FAL; Colesterol; Triglicerídeos; Glicose. Os resultados de desempenho, rendimento de carcaça, peso de órgãos, parâmetros sanguíneos e análise econômica foram submetidos análise de variância e regressão polinomial. Os dados de rendimento de carcaça foram submetidos a análise de variância seguindo um esquema fatorial 5x3x2, sendo 5 níveis (%) de proteína de folha de moringa na ração, 3 idades e 2 sexos. Os parâmetros sanguíneos e peso de órgãos foram analisados em esquema fatorial 5x3, considerando 5 níveis de proteína de folha de moringa e 3 idades. Quando houve interação dos fatores analisados, a comparação das médias no desdobramento foi realizada pelo teste de Tukey à 5% de significância. A proteína de folha de Moringa oleifera reduz o peso vivo e ganho de peso até 21 dias de idade, porém não interfere em consumo de ração, eficiência produtiva e ganho médio diário aos 42 dias de idade, sendo possível a utilização até 2,24%. Considerando utilizar moringa somente de 22 a 42 dias é possível incluir 2,6% sem aumentar a conversão alimentar ou diminuir a eficiência alimentar, nas condições experimentais. A proteína de Moringa oleifera incluída até 4.0% na ração de codornas europeias não apresenta efeito sobre peso vivo, carcaça esviscerada, peito, coxa e sobrecoxa, e vísceras comestíveis de fêmeas aos 28, 35 e 42 dias de idade. No entanto, reduz o peso de carcaça esviscerada, peito, coxa e sobrecoxa de machos aos 35 dias. Até 4.0% de moringa ocorre aumento do peso do timo e redução do baço aos 42 dias, bem como da bolsa cloacal aos 14 dias de idade. Não interfere nos níveis de glicose e triglicerídeos aos 14, 28 e 42 dias de idade, porém reduz os níveis de colesterol aos 14 dias, sugerindo que nesse período ocorre má absorção e digestão de nutrientes. Aos 28 dias ocorre elevação dos níveis de AST, alterações em ALT e FAL aos 42 dias conforme aumento do nível de proteína de moringa, porém os valores obtidos estão dentro da normalidade para aves. A inclusão até 3.03% de proteína de moringa na ração provoca aumento dos níveis de ALT enquanto até 2.26% ocorre redução da FAL. A alimentação com até 4.0% de proteína de Moringa oleifera é viável economicamente para criação de codornas europeias mistas até 28 dias de idade, considerando apenas o investimento com ração nas condições experimentais. Considerando a venda das aves aos 42 dias, é indicado o nível 3.37% com base nos parâmetros e indicadores econômicos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1344262 - CARLOS IBERE ALVES FREITAS
Interno - 2359110 - JEAN BERG ALVES DA SILVA
Externo ao Programa - 1806635 - LEONARDO LELIS DE MACEDO COSTA
Externo à Instituição - THIBERIO DE SOUZA CASTELO - UFERSA
Externo à Instituição - WESLEY ADSON COSTA COELHO - FACENE
Notícia cadastrada em: 14/02/2020 10:45
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