Banca de DEFESA: CAIO SÉRGIO SANTOS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CAIO SÉRGIO SANTOS
DATA: 18/02/2020
HORA: 08:30
LOCAL: Mini-auditório do Centro Integrado de Laboratórios em Ciência Animal
TÍTULO:

MICROBIOTA DO TRATO REPRODUTIVO E ADIÇÃO DE ANTIMICROBIANOS AO DILUENTE PARA CONSERVAÇÃO DO SÊMEN DE CATETOS (Pecari tajacu).


PALAVRAS-CHAVES:

Aloe vera; bactérias; refrigeração; termo resistência.


PÁGINAS: 137
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Medicina Veterinária
RESUMO:

A presença de bactérias no sêmen pode causar perdas na função espermática e, consequentemente, interferir nas biotecnologias reprodutivas que façam uso desse material biológico. Dito isso, objetivou-se descrever a microbiota bacteriana do sêmen e prepúcio dos catetos (Pecari tajacu) criados em cativeiro, bem como o impacto do uso de substâncias antimicrobianas na carga bacteriana e função espermática durante a conservação do sêmen dessa espécie. No primeiro experimento, foi realizada a cultura das bactérias aeróbias em amostras de sêmen e prepúcio de nove animais, bem como a quantificação destas e avaliação de parâmetros espermáticos no sêmen. Os isolados foram identificados e testados frente a concentrações de penicilina-estreptomicina, gentamicina e do gel da Aloe vera. Corynebacterium spp. e Staphylococcus spp. foram isolados em maior número no sêmen (64,1% e 20,5%, respectivamente) e no prepúcio (60,6% e 24,2%, respectivamente), variando de 0,4 a 21 × 105 unidades formadoras de colônia (UFC) por mililitro. A carga de Corynebacterium spp. foi correlacionada negativamente (P < 0,05) com a integridade da membrana espermática (r = −0.73055) e velocidade curvilinear (r = −0.69048). A combinação penicilina-estreptomicina (PE) e gentamicina (G) inibiram a maioria dos microrganismos e a A. vera demonstrou fraco potencial antimicrobiano. No segundo experimento, foi analisada a toxicidade de antimicrobianos sobre a longevidade espermática pelo teste de termo resistência em seis amostras de sêmen, sendo cada uma diluída em Tris sozinho (controle) e em Tris acrescido da combinação penicilina-estreptomicina (2000 UI/ml-2 mg/ml) ou de gentamicina (70 µg/ml), e mantidas por 180 min a 37 °C. Verificou-se que os tratamentos não diferiram (P > 0,05) até 180 min, mas que o tratamento contendo G reduziu (P < 0,05) a integridade da membrana e a atividade mitocondrial das células espermáticas aos 180 min (53,1 ± 7,1% e 50,7 ± 6,2%, respectivamente) se comparado a 0 min (80,5 ± 4,7% e 86,3 ± 3,4%, respectivamente). No terceiro experimento, foi avaliado o efeito de duas concentrações de PE (2000 UI/ml – 2 mg/ml [2] e 1000 UI/ml – 1 mg/ml [1]) e G (70 µg/ml [7] e 30 µg/ml [3]) adicionadas aos diluentes Tris + 20% de gema de ovo (TG) e Tris + 20% de A. vera (TA) sobre a carga bacteriana e qualidade espermática em 10 amostras de sêmen mantidas sob refrigeração (5 °C) até 36 h. O tratamento contendo PE2, PE1 e G7, independente do diluente, controlaram (P < 0,05) o crescimento bacteriano durante o armazenamento (variando de 0.5 ± 0.3 103 a 10 ± 4.1 x 103 UFC/ml) até 36 h. Os tratamentos diluídos com TG com qualquer um dos antimicrobianos não demonstraram diferenças (P > 0,05) para a carga bacteriana e parâmetros espermáticos entre 0 e 36 h. Os tratamentos com TA, com ou sem antimicrobianos, afetaram (P < 0,05) a integridade da membrana e atividade mitocondrial dos espermatozoides após 12 h. O tratamento TG-G7 se destacou por manter algumas variáveis espermáticas por mais tempo, como a motilidade total (41,9 ± 6,1%) e progressiva (15 ± 2,6%) até 24 h, bem como a integridade de membrana (58.3 ± 2.1%) e velocidade curvilínea (76.7 ± 5.8%) até 36 h. Diante dos resultados, demonstrou-se a ocorrência de bactérias contaminantes no sêmen e prepúcio de catetos criados em cativeiro, com destaque para Corynebacterium spp. e Staphylococcus spp., bem como um impacto negativo da primeira sobre a função espermática no sêmen fresco. A combinação penicilina-estreptomicina (2000 UI/ml-2 mg/ml) e gentamicina (70 µg/ml) podem ser adicionadas ao Tris na diluição de sêmen, incubado a 37 °C por até 120 min, sem causar efeitos tóxicos aos espermatozoides dos animais. Estas drogas também foram eficazes no controle das bactérias presentes no sêmen refrigerado destes animais, por até 36 h, sem afetar a longevidade espermática.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2515320 - ALEXANDRE RODRIGUES SILVA
Interno - 2028000 - ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
Externo ao Programa - 3035571 - CAIO AUGUSTO MARTINS AIRES
Externo à Instituição - RINALDO APARECIDO MOTA - UFRPE
Externo à Instituição - THIBERIO DE SOUZA CASTELO - UFERSA
Notícia cadastrada em: 05/02/2020 07:35
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação - (84) 3317-8210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sig-prd-sigaa02.ufersa.edu.br.sigaa02