Efeitos da administração de diferentes protocolos anestésicos na eletroejaculação de cutias (Dasyprocta leporina, 1753).
Analgesia, alfa-2 agonistas, sêmen, eletroestimulação, roedores.
Objetivou-se avaliar diferentes protocolos anestésicos para a realização de eletroejaculação de cutias (Dasyprocta leporina), visando indicar qual melhor se adequa para obtenção de sêmen de qualidade e que seja capaz de conferir condições de analgesia aos animais. Utilizou-se dez machos sexualmente maduros e cada indivíduo passou aleatoriamente por quatro protocolos de anestésicos: xilazina/cetamina (G1); xilazina/cetamina/epidural (G2); meperidina/azaperone/xilazina/cetamina/ epidural (G3) e dexmedetomidina/cetamina (G4). Avaliamos: frequência cardíaca, respiratória, pressão arterial sistólica, diastólica, e média, temperatura, período de latência de indução e recuperação anestésica. Em relação aos parâmetros reprodutivos, avaliamos a ereção, o ciclo de estimulação que ocorreu a ejaculação e as variáveis seminais. Os dados de parâmetros fisiológicos foram analisados por ANOVA (Two Way ANOVA RM) para medidas repetidas, seguida do teste de Tukey. Já o perfil do sêmen foi analisado, quando paramétricos, por ANOVA (One Way ANOVA RM) para medidas repetidas seguidas por Tukey. P < 0,05 foram considerados significativos. Obteve-se ejaculados em todas as tentativas, no entanto presença de sêmen só foi observada em 30% dos animais do G1, 20% no G4, 10% no G2. Já o grupo G3 não forneceu ejaculado com sêmen. O G1 propiciou sêmen com concentração espermática e motilidade significativamente maior do que o G4. Todos os protocolos anestésicos permitiram a realização do procedimento de eletroejaculação, no entanto, os grupos G2 e G4 mantiveram melhor as funções vitais, indicando melhor analgesia.