CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA LÍNGUA AZUL EM OVINOS NOS ESTADOS DE ALAGOAS, CEARÁ, MARANHÃO, PARAÍBA, PIAUÍ, RIO GRANDE DO NORTE E SERGIPE
Orbivirus, epidemiologia, sistema de produção, manejo sanitário, ovinocultura
O escopo deste trabalho foi determinar a situação epidemiológica da infecção pelo vírus da Língua Azul (VLA) e caracterizar os aspectos tecnológicos e sanitários nos rebanhos ovinos dos estados de Alagoas (AL), Ceará (CE), Maranhão (MA), Paraíba (PB), Piauí (PI), Rio Grande do Norte (RN) e Sergipe (SE). Para tanto, foram visitadas e aplicados questionários em 226 propriedades, onde coletou-se o soro de 2.692 ovinos, aparentemente saudáveis. No presente trabalho, observou-se uma prevalência média no nordeste de 60,62% (137/226) de propriedades com animais positivos e 26,52% (714/2692) de ovinos soropositivos. Observou-se no CE uma soroprevalência média do VLA de 33,06% (162/490) nos ovinos, e de 82,93% (34/41) nas propriedades com pelo menos um animal positivo. Em AL, foi verificada uma soroprevalência de 2,55% (7/275) nos animais, e de 21,74% (5/23) nos criatórios. Já no MA, 64,13% (177/276) dos animais e 100% (23/23) dos rebanhos foram positivos. Em relação ao RN, das 33 propriedades pesquisadas, 12 (36,36%) tiveram sororreagentes e dos 396 animais estudados, 16 (4,04%) foram positivos. Na PB, 2,82% (8/284) dos ovinos foram sororreagentes e dos 24 rebanhos analisados, 2 (8,33%) apresentaram animal positivo. No PI, 76,98% (291/378) dos animais e todas as propriedades (32/32) foram sororeagentes. Em SE, 8,94% (53/593) dos ovinos foram positivos e nos rebanhos amostrados, 58% (29/50) apresentaram positividade. Houve associação significativa (p