Investigação da infecção por Leishmania infantum e dos seus fatores de risco em gatos
domésticos provenientes da cidade de Mossoró, Rio Grande do Norte.
Felis catus; leishmaniose visceral; epidemiologia.
A leishmaniose visceral representa uma importante zoonose, com transmissão vetorial, sendo causada pelo protozoário Leishmania infantum. O cão é o principal reservatório urbano da doença e, por este motivo, extensos estudos já foram desenvolvidos a fim de esclarecer a biologia da leishmaniose nessa espécie. No entanto, sabe-se que o gato pode se infectar pelo protozoário e transmitir para o vetor, dando continuidade, assim, ao ciclo da doença. Porém, ainda existem poucos estudos voltados para a investigação da leishmaniose felina, desconhecendo-se o real papel dos gatos na epidemiologia da leishmaniose visceral. Desta forma, o objetivo da presente pesquisa será investigar a infecção por L. infantum em gatos domésticos provenientes do município de Mossoró. Para tanto, serão utilizados 100 gatos selecionados aleatoriamente, provenientes de
atendimentos clínicos do Hospital Veterinário Jerônimo Dix-Huit Rosado Maia da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). Os animais serão submetidos a exame clínico completo, e as informações concernentes ao animal, alterações clínicas e ao estilo de vida dos mesmos serão registradas em fichas individuais. Amostras de sangue de 5 mL serão colhidas por meio de venopunção da veia jugular e acondicionadas em tubos de
vidro com e sem EDTA, que serão destinadas para a execução de testes sorológicos para Leishmania sp. (ELISA e RIFI), FIV e FeLV (imunocromatografia). Também será feita a investigação parasitológica por meio da citologia dos linfonodos poplíteos, e a investigação molecular do material genético de L. infantum a partir de amostras de sangue total. Os dados obtidos serão avaliados e então serão estabelecidos os testes estatísticos mais adequados.