RESPOSTAS AO ESTRESSE NA ORQUIECTOMIA DE OVINOS ADULTOS UTILIZANDO DOIS DIFERENTES PROTOCOLOS DE ANESTESIA
bem-estar, cortisol, ruminante
O trauma cirúrgico e o estresse geram no paciente um estado caracterizado por vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular e sensibilização dos nociceptores, sendo este um fenômeno benéfico, mas que pode tornar-se lesivo. O presente estudo teve por objetivo avaliar as respostas fisiológicas ao estresse na orquiectomia de ovinos adultos utilizando dois diferentes protocolos de anestesia. Utilizaram-se 29 ovinos (Ovies aries) machos, sem padrão racial definido, com idade média de 1 ano e pesando 22,5 0,8 Kg. Os animais foram distribuídos em três grupos: G I (n=7) tratado com NaCl 0,9% como placebo, G II (n = 11), recebeu somente anestesia local, G III (n=11), recebeu sedação com xilazina e anestesia local. Parâmetros como frequências cardíaca (FC) e respiratória (f), temperatura corporal (T), pressão arterial sistólica não invasiva e cortisol foram avaliados durante o período peri-operatório em diferentes momentos (M0, M1, M2, M3, M4 e M5). Houve redução (p>0,05) nos valores do cortisol do G III quando comparado ao G I e G II no M1. O G II apresentou elevações no cortisol (p<0,05) no M1 e M3 quando comparado aos valores basais. Houve aumento significativo (p<0,05) nos valores da PAS do G II em relação ao G I no M4. A partir destes resultados concluiu-se que tanto lidocaína isolada quanto a sua associação com xilazina mostraram-se seguras, não causando alterações deletérias nas funções cardiorrespiratórias, além disso, a utilização da xilazina associada à lidocaína foi o protocolo anestésico mais efetivo no controle do estresse perioperatório em ovinos adultos submetidos a orquiectomia.