Banca de QUALIFICAÇÃO: ALEXSANDRA BATISTA CANDIDO SIQUEIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALEXSANDRA BATISTA CANDIDO SIQUEIRA
DATA: 29/04/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma do Google Meet
TÍTULO:
PALAVRAS-CHAVES:

Agricultura Familiar. Cadeia de Produção do Mel. 

PÁGINAS: 26
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Administração
RESUMO:

O Nordeste, tem elevada competitividade no mercado mundial de produtos apícolas e o diferencial do mel nordestino está na baixa contaminação por pesticidas e por resíduos de antibióticos, pois grande percentual do mel produzido na Região é proveniente da vegetação nativa Dados do IBGE (2019) apontam que nos últimos 10 anos a Região Nordeste vem ocupando a segunda posição no ranking dos maiores produtores de mel orgânico do Brasil, exceto em 2011, quando ocupou o primeiro lugar, posição mantida pela Região Sul do país ao longo desse período.
No entanto, embora a apicultura seja uma atividade consolidada no Nordeste, a região atua com carência de insumos, máquinas e equipamentos apícolas (VIDAL, 2020). Existem grandes dificuldades inerentes ao setor produtor nordestino que limitam o pleno desenvolvimento da atividade. O apicultor familiar possui baixo nível de profissionalização, existe dificuldade de acesso à tecnologias e assistência técnica, há carência de entrepostos e casas de mel devidamente equipadas e certificadas e a infraestrutura de laboratórios para pesquisa e controle de qualidade dos produtos é limitada (KHAN, 2014).
O Estado do Rio Grande do Norte, que ocupa a 6ª posição no ranking dos Estados produtores de mel orgânico na Região Nordeste (IBGE 2019), com 3% da produção, atua com uma única empresa de exportação de mel. Essa empresa compra o mel de intermediários e dos próprios apicultores por meio de seus representantes. Os cooperados realizam suas vendas por meio das cooperativas e estas, por sua vez, vendem o produto adquirido para representantes de empresas exportadoras de outros estados, como São Paulo e Santa Catarina (PEREIRA et al, 2003).
Pereira et al (2003), relatam a dificuldade em quantificar o volume efetivo de mel produzido no Estado, uma vez que grande número de produtores comercializam o mel informalmente. As quantidades informadas pelos Órgãos Oficiais divergem de forma significativa, o que pode interferir no reconhimento do real potencial produtivo e econômico da atividade apícola no Estado do Rio Grande do Norte.
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Dados do IBGE (2019), demonstram que o Rio Grande do Norte apresenta resultados da produção de mel consideravelmente inferior aos Estados do Piauí (32%), Bahia (25%) e Ceará (15%), um dos seus Estados vizinhos. Porém, todos os Estados do Nordeste, exceto Maranhão, possuem clima e flora igualmente favoráveis ao desenvolvimento da apicultura, ou seja, têm o mesmo potencial técnico de exploração da atividade apícola. Havendo então, a necessidade de compreender que fatores adversos estão associados ao atual desempenho da atividade no Estado.
Nesse contexto evidencia-se problemas na cadeia produtiva e na forma como os diversos agentes interagem com o mercado, que resultam em uma produtividade reduzida se comparada com os estados vizinhos.
Vale ressaltar que Aquino et al (2020) destacam que 77,6% do mel de abelha comercializado pelos estabelecimentos potiguares em 2017 teve origem nas colmeias de apiários pertencentes às unidades familiares de produção, o que indica que a atividade apícola no Estado é predominantemente familiar.
Diante disso, este estudo busca compreender o pontencial da estrutura de governança da cadeia produtiva do mel no Estado do Rio Grande do Norte e indentificar quais fatores determinantes afetam o desenvolvimento socioeconômico da atividade no Estado, levando em consideração as peculiaridades dos atores envolvidos no processo agroindustrial do mel e a afirmação de Grashuis (2018) de que não há evidências empíricas claras que sugiram que a propriedade ou governança diferenciada está diretamente ligada a um desempenho superior.
Assim coloca-se como problema da pesquisa a seguinte questão: Em que medida as formas de interação do agricultor familiar com o mercado afetam o desenvolvimento socioeconômico da atividade de apicultura no Rio Grande do Norte?

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1674543 - ELISABETE STRADIOTTO SIQUEIRA
Externo à Instituição - ERLAINE BINOTTO - FUFGD
Externo à Instituição - VINICIUS CLAUDINO DE SÁ - UERN