Banca de QUALIFICAÇÃO: NATALY INÊZ FERNANDES DOS SANTOS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NATALY INÊZ FERNANDES DOS SANTOS
DATA: 31/03/2021
HORA: 16:00
LOCAL: Plataforma do Google Meet
TÍTULO:

ATITUDES DOS INDIVÍDUOS FRENTE À MUDANÇA ORGANIZACIONAL: RELAÇÃO ENTRE BPM E ANTECEDENTES DE RESISTÊNCIA À MUDANÇA


PALAVRAS-CHAVES:

Mudança Organizacional. Reisitência Á mudança. BPM.


PÁGINAS: 56
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Administração
RESUMO:

Diante da crescente competitividade empresarial, as organizações sentem maior necessidade de acompanhar as mudanças que envolvem processos e produtos, além de conhecer as reais necessidades dos clientes. Esse comportamento passou a representar uma condição fundamental para obtenção do sucesso ou fracasso dos negócios (BENCKE; GILIOLI, 2018). Com isso, há um aumento do número de pesquisadores, gestores e demais profissionais interessados em novos modelos de negócios, que sustentem atividades inovativas consideradas importantes para a geração de valor e, consequentemente, vantagem competitiva, levando as empresas a se diferenciarem dos concorrentes (DONADON; SANTOS, 2020).
Nesse cenário, o Business Process Management (BPM) ou Gestão de Processos de Negócios, surge como uma forma para as organizações obterem resultados otimizados em seus processos. O BPM tem ganhado destaque e evoluído no atual ambiente de negócios, já que organizar uma empresa em torno de funções, departamentos ou produtos não é mais apropriado. As atividades comerciais passaram a ser vistas como processos-chave que envolvem toda a organização e a capacidade que esta tem para impactar na satisfação do cliente e do acionista (PEREIRA; MAXIMIANO; BIDO, 2019).
A origem do BPM é decorrente da reengenharia organizacional a qual requer uma visão multifuncional dos processos organizacionais (HAMMER, 1990). O BPM é regido por atividades de mapeamento e documentação dos processos, foco nos clientes, atividades de medição para avaliar o desempenho e otimização de cada processo, utilização de boas práticas para melhoria frente aos concorrentes e abordagem para a mudança de cultura organizacional (PYON; WOO; PARK, 2011).
No entanto, apesar de todos os benefícios, essa abordagem ainda pode falhar devido a diversos fatores: falta de conhecimento, habilidade e experiência dos funcionários envolvidos no processo, além da falha no desenvolvimento contínuo de suas competências; pouca compreensão dos objetivos estratégicos da organização e a importância de tais projetos; inexistência de indicadores-chave de desempenho e infraestrutura de processos; carência de habilidades para adquirir, desenvolver e transferir novos conhecimentos (BAKOTIC; KRNIĆ, 2017); negligência com estratégias e aspectos operacionais (MALINOVA; MENDLING, 2018). Portanto, as razões da implementação do BPM, bem como os resultados pretendidos com a abordagem, devem ser bem esclarecidos para todos, a fim de evitar problemas de interpretação e execução das atividades.
Sobre isso, a resistência à mudança é um dos principais fatores das falhas do BPM, uma vez que os colaboradores podem considerar que a mudança não faz sentido para a organização ou não entender claramente suas implicações (LEE; AHN, 2008), ou ainda, quando os indivíduos entendem que a mudança pode colocar em risco seus interesses pessoais e financeiros (PARIKH; JOSHI, 2005). Por essa razão, este estudo tem como foco principal a relação entre BPM e resistência à mudança.
Apesar de ser um problema relevante, ainda são escassos os estudos que se aprofundem nessa problemática. Parikh e Joshi (2005) discutiram a transformação dos processos de compra em uma empresa de serviços públicos, separando-o de acordo com seu porte a fim de reduzir problemas de preços altos e atrasos na entrega do pedido. Com a implementação da mudança, inicialmente gerentes e funcionários resistiram em adotar o novo processo. No entanto, para diminuir tais problemas, a instituição investiu em instruções adequadas para ajudar os participantes na implementação do novo processo.
Já Bakotic e Krnic (2017) investigaram o impacto da melhoria de processos de negócios sobre o desempenho e comportamento dos funcionários do Centro de P&D de uma empresa de tecnologia da informação e comunicação, que passava por uma mudança no método do trabalho. Os resultados apontaram que a melhoria de processos de negócios leva a melhores resultados e desempenho global dentro de uma organização, destacando-se três elementos: motivação, comunicação e partilha de conhecimentos.
Finalmente, Pereira, Maximiano e Bido (2019) investigaram o comportamento dos indivíduos em relação à mudança organizacional. Para isso, os autores consideraram todas as fases da implementação do BPM, além de alguns antecedentes de resistência à mudança como posição hierárquica, setor e confiança no gerenciamento. Como resultado, o estudo evidenciou que dentre as variáveis analisadas, apenas a confiança na administração possui efeito significativo sobre os funcionários. Não houve efeito considerável da posição hierárquica na redução da resistência às mudanças, assim como estar no setor de manufatura não acarreta grandes impactos na diminuição da resistência.
Portanto, com base no supracitado, a realização de mais pesquisas com o intuito de analisar os fatores resistência à mudança e BPM por uma abordagem diferente trará contribuições significativas para a literatura. Assim, busca-se com este estudo, responder a seguinte questão: Como os indivíduos se comportam diante da mudança organizacional, considerando as fases de implementação do BPM e alguns antecedentes de resistência à mudança?


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - JOSUÉ VITOR DE MEDEIROS JÚNIOR - UFRN
Interno - 1504300 - LILIAN CAPORLINGUA GIESTA CABRAL
Presidente - 1316228 - RENAN FELINTO DE FARIAS AIRES
Notícia cadastrada em: 18/03/2021 11:59
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