Banca de DEFESA: BRUNO VINICIOS SILVA DE ARAÚJO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : BRUNO VINICIOS SILVA DE ARAÚJO
DATA : 27/02/2024
HORA: 15:00
LOCAL: google meet
TÍTULO:

FREQUÊNCIA E CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE PATÓGENOS TRANSMITIDOS POR CARRAPATOS EM CÃES DE POPULAÇÃO HOSPITALAR E SUA CORRELAÇÃO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICA


PALAVRAS-CHAVES:

Anaplasma platys; Babesia vogeli; Ehrlichia canis; Hepatozoon canis; Carrapatos; DTVs.


PÁGINAS: 94
RESUMO:

Os cães são susceptíveis à infecção por vários agentes transmitidos por ixodídeos que carreiam e transmitem grande variedade de patógenos, como os protozoários Babesia vogeli e Hepatozoon canis, e bactérias como Ehrlichia canis e Anaplasma platys. Esses hemoparasitos são frequentemente encontrados em cães no Brasil, no entanto, ainda se observa uma escassez de estudos sobre a caracterização molecular dos patógenos envolvidos e suas correlações com os aspectos epidemiológicos e clínicos das doenças transmitidas por carrapatos no nordeste do Brasil, mesmo diante da presença dos hemoparasitos e de condições climáticas favoráveis ao carrapato. Ante isso, o objetivo do presente estudo foi determinar a ocorrência, caracterização molecular e o perfil epidemiológico e clinicopatológico de cães monoinfectados, coinfectados e multinfectados por A. platys, E. canis, B. vogeli e/ou H. canis na cidade de Mossoró, Rio Grande do Norte. Para isso, 181 cães de população hospitalar sob suspeita clínica laboratorial de hemoparasitoses foram selecionados e amostras sanguíneas foram coletadas para determinação do hematócrito, contagem de plaquetas e extração de DNA para utilização na Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). Foram considerados animais monoinfectados, coinfectados e multinfectados aqueles em que houve detecção de um, dois e três ou mais patógenos, respectivamente. Para correlacionar as variáveis epidemiológicas, clinicopatológicas e o tipo de infecção foram utilizados os testes de Qui-quadrado ou exato de Fisher e a magnitude das associações foi estimada pelo Odds ratio seguida por regressão logística multinomial. A PCR demonstrou que 44,75% (81/181) dos cães estavam infectados por pelo menos um dos agentes pesquisados. Desses, o DNA de E. canis foi detectado em 22,65% (41/181), seguido por H. canis 14,92% (27/181), A. platys 6,08% (11/181) e B. vogeli 1,10% (2/181). Foram observadas coinfecção de de E. canis com H. canis em 8,83% (16/181) dos animais, seguida pelas coinfecções por A. platys com H. canis em 6,62% (12/181), A. platys com E. canis em 2,76% (5/181), E. canis com B. vogeli em 2,20% (4/181), A. platys com B. vogeli em 0,55% (1/181) e B. vogeli com H. canis em 0,55% (1/181) dos cães. Dentre as multinfecções, a mais frequente foi E. canis com A. platys e H. canis, presente em 2,76% (5/181) dos casos, seguida por B. vogeli com A. platys e E. canis em 1,66% (3/181), E. canis com B. vogeli e H. canis em 0,55% (1/181) e A. platys com B. vogeli e H. canis em 0,55% (1/181). Apenas um animal (0,55%) estava multinfectado por todos os patógenos pesquisados. Os cães com histórico de carrapato possuíram 3,41 vezes mais chance de estarem coinfectados em comparação àqueles que não possuíam esse histórico. Multinfecção (90,9%) e coinfecção (84,6%) foram mais frequentes em animais que não faziam uso de medicação carrapaticida, em comparação aos monoinfectados (56,8%) e não infectados (56%). Os indivíduos que possuíam histórico de uso de carrapaticidas mostraram-se menos propensos a infecções. Os indivíduos machos apresentaram maior chance de se infectar em comparação a fêmeas. Cães com sinais clínicos de epistaxe, hiporexia ou anorexia, onicogrifose, desidratação e presença de ectoparasitas apresentaram mais chance de estarem multinfectados em comparação aos outros tipos de infecção. Dentre as variáveis hematológicas analisadas, a trombocitopenia apresentou alta prevalência em todos os tipos de infecção, tendo os cães multinfectados 16,3 vezes mais chance de apresentarem esta condição, e cães coinfectados 2,11 vezes mais chance de apresentarem anemia. Os achados deste estudo permitiram concluir que as variáveis epidemiológicas histórico de ectoparasitismo e o uso de medicação carrapaticida foram influenciadas a depender do tipo de infecção e os animais multinfectados e coinfectados tenderam a apresentar um maior número de alterações clínicas inespecíficas, acompanhadas de alterações hematológicas como anemia e trombocitopenia. Esses achados contribuem para um melhor entendimento do perfil epidemiológico e clínicopatológico dos cães infectados por um ou múltiplos patógenos transmitidos por carrapatos, permitindo uma melhor compreensão da dinâmica dessas doenças no semiárido Nordestino.


MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - 2453480 - ANA CARLA DIOGENES SUASSUNA BEZERRA - nullExterno à Instituição - FRANCISCO DE ASSIS LEITE SOUZA - UFRPE
Presidente - ***.118.887-** - JOAO MARCELO AZEVEDO DE PAULA ANTUNES - UFERSA
Notícia cadastrada em: 02/02/2024 12:35
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