Estresse hídrico e seus efeitos sobre o consumo de água, volume urinário, consumo de ração e digestibilidade dos nutrientes em caprinos e ovinos mantidos em gaiolas.
Semiárido; escassez de água, digestibilidade, nutrientes.
Os pequenos ruminantes compõem o maior rebanho no Nordeste brasileiro. Seus principais produtores são famílias de baixa renda que fazem uso desses animais para complementar a renda ou para consumo da família. Os animais são criados no sistema de produção extensivo com uso de baixo investimento e pouca tecnologia. Dessa forma os animais fazem seu pastejo na Caatinga, onde passam a maior parte do dia e em muito dos casos distantes das aguadas. Diante dessa realidade fez-se necessário a realização desse estudo para perceber os efeitos da restrição hídrica em caprinos e ovinos. O estudo aconteceu na UFERSA no período de outubro a dezembro de 2022, com parecer 24/2021 expedido pelo CEUA. Para este fim, foram utilizados cinco caprinos e cinco ovinos machos, castrados e hígidos. Os animais foram mantidos em gaiolas metabólicas pelo período de 36 dias, e submetido a três tratamentos G0, G9 e G22, com modelo experimental de estudo cruzado. Os componentes coletados diariamente, mensurados e analisados foram a água, urina, sobra da ração e fezes. Pose-se constatar que a restrição hídrica projetada neste estudo não promoveu alterações no consumo de nutrientes nem na excreção da urina em caprinos e nos ovinos. No entanto foi capaz melhorar a digestibilidade do alimento consumido aumentando sua eficiência. Nos ovinos aconteceu resultado semelhante quanto a ingestão de água e a excreção urinária. Contudo, não se percebeu melhora na digestiblidade do alimento. Diante disso, pode-se concluir que a restrição hídrica por nove e vinte e duas horas não foram capazes de promover comprometimento no desenvolvimento dos animais, evidenciado suas características adaptativas as condições do semiárido nordestino.