Banca de QUALIFICAÇÃO: LEANDRO ALVES DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LEANDRO ALVES DA SILVA
DATA : 03/04/2023
HORA: 14:30
LOCAL: PROPPG- SALA 21
TÍTULO:

RESPOSTAS ADAPTATIVAS AMBIENTAIS DE ABELHAS AFRICANIZADAS, ITALIANAS E HÍBRIDAS NO SEMIÁRIDO


PALAVRAS-CHAVES:

Apis mellifera. Africanização. Comportamento higiênico. Longevidade de rainhas. Termorregulação


PÁGINAS: 47
RESUMO:

A abelha africanizada é um poli-híbrido da abelha africana (A. m. scutellata) com subespécies de abelhas europeias, resultando numa abelha mais resistente a doenças e pragas, mais rustica e mais reprodutiva, de adaptação e de produção, além disso, herdou traços considerados negativos pelos apicultores como maior capacidade enxameatória e maior defensividade. A fim de reduzir essa alta defensividade das abelhas africanizadas, apicultores do Nordeste estão introduzindo rainhas da subespécie italiana (A. m. ligustica) conhecida pela sua docilidade e produção, e outras raças europeias, porém de forma clandestina e sem trabalhos de seleção, e de lugares que inclusive tem doenças que no Brasil não tem. No início da africanização a agressividade dessas abelhas fez com que muitos apicultores abandonassem a atividade. Somente após o desenvolvimento de técnicas adequadas para o seu manejo e conhecimento da sua biologia, que a apicultura com estas abelhas começou a progredir e expandir para outras regiões do país e para toda a américa so sul e central. A apicultura brasileira com estas abelhas encontra-se em pleno crescimento, sendo, portanto, a reintrodução de subespécies europeias, uma ameaça a apicultura nacional e principalmente do Nordeste, pois essa subespécie pode não ser adaptada ao clima semiárido, podendo assim não responder positivamente no desempenho reprodutivo, fisiológico e produtivo, além da baixa resistência a doenças e pragas. Diante desses fatos, objetiva-se avaliar as respostas adaptativas comportamentais, fisiológicas e produtivas de abelhas italianas (T1), africanizadas (T2) e híbridas (T3). Para isso, será levado em consideração dados sanitários, termorregulatórios e de desempenho produtivo e reprodutivo de 15 colônias distribuídas nos 3 tratamentos. Para comprovar a veracidade dos tratamentos será feito uma análise de morfometria geométrica comparando com informações genéticas da raça pura. Para avaliar a sanidade das colônias serão coletados dados de infestação do V. destructor e comportamento higiênico (CH). A avaliação da capacidade termorregulatória será feita a partir da mensuração da temperatura e umidade interna da colmeia. A cada 15 dias haverá a leitura dos dados que são mensurados a cada 10 minutos durante o período de 24 horas. Posteriormente esses dados serão comparados com os dados de temperatura do ar (ºC), umidade relativa do ar (%), velocidade do vento (m/s), precipitação pluviométrica (mm) e radiação (W/m²). Para avaliar o desempenho reprodutivo será contabilizado o percentual da área de postura das abelhas rainhas, que determinará a longevidade reprodutiva das mesmas. Para avaliar o desempenho produtivo, será considerado o percentual da área usado para deposição de néctar e pólen. Será usado o coeficiente de correlação de Pearson (α = 0,05) para correlacionar os tratamentos com a infestação do V. destructor, com o CH e com as variáveis climáticas. Os dados referentes a longevidade das rainhas, bem como os dados de porcentagem de área ocupada com alimento e crias serão analisados pelo Teste de Tukey. Os resultados esperados são que as abelhas africanizadas apresentem uma maior resistência ao V. destructor, assim como tenham um maior controle termorregulatório e um maior desempenho reprodutivo e produtivo, em virtude à sua maior adaptabilidade ao clima tropical semiárido. As rainhas das abelhas italianas deverão apresentar uma menor longevidade quando comparadas aos demais grupos, por ser uma subespécie de clima temperado submetida às condições semiáridas do Brasil. Os híbridos deverão ter uma resposta adaptativa semelhante as abelhas africanizadas, quando considerado o desempenho sanitário e termorregulatório.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 506.159.123-20 - DEBORA ANDREA EVANGELISTA FACANHA - DOUTOR(A)
Interno - 2206331 - MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
Externa à Instituição - FABIANA MARTINS COSTA MAIA
Notícia cadastrada em: 20/03/2023 17:12
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