Banca de QUALIFICAÇÃO: ANDRÉ GUSTAVO ALVES HOLANDA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANDRÉ GUSTAVO ALVES HOLANDA
DATA : 15/02/2022
HORA: 15:00
LOCAL: Ambiente Virtual
TÍTULO:

USO DO PLASMA NO TRATAMENTO DO CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS: ESTUDO IN VITRO E APLICAÇÃO CLÍNICA EM TUMORES FELINOS


PALAVRAS-CHAVES:

Oncologia. Câncer. Gato. Plasma frio atmosférico.


PÁGINAS: 34
RESUMO:

O carcinoma de células escamosas (CCE) é uma neoplasia maligna que afeta frequentemente a pele e cavidade oral dos gatos. Ambas as formas exigem a adoção de um tratamento local adequado, sendo realizada comumente a cirurgia. Entretanto, o efeito desfigurante e o estádio avançado ao diagnóstico podem ser fatores limitantes. Dessa forma, torna-se necessário o desenvolvimento de terapias alternativas. Em oncologia, o plasma frio atmosférico (PFA) tem demonstrado resultados promissores, exercendo efeito anticancerígeno in vitro e in vivo contra uma ampla variedade de neoplasias, incluindo o carcinoma de células escamosas. Dessa forma, o objetivo foi avaliar os efeitos anticancerígenos in vitro do PFA sob linhagens celulares de carcinoma de cabeça e pescoço humano e in vivo contra o CCE felino cutâneo e oral. Para tanto, células SCC-25 foram divididas em grupo controle e tratamento, ao qual foi submetido ao plasma por 60s, 90s ou 120s. A análise de óxido nítrico (NO) foi realizada através da determinação da concentração de nitrito após os diferentes tempos de exposição. A citotoxicidade foi avaliada pelo ensaio de MTT após 24h, 48h e 72h do tratamento com PFA. Para termografia in vitro, imagens térmicas foram capturadas antes e após os diferentes tempos de terapia. O estudo clínico foi realizado em felino com dois carcinomas cutâneos e um oral. A terapia com PFA consistiu em dois ciclos, no qual cada ciclo foi composto por três sessões semanais de plasma, seguido por uma semana sem exposição. As lesões foram submetidas à análise termográfica antes e após o tratamento. Para análise estatística, os dados foram submetidos ao teste de normalidade de Shapiro-Wilk e apresentaram distribuição normal para o ensaio de MTT e avaliação de temperatura in vitro. Assim, estes foram submetidos à análise de variância (ANOVA) seguida pelo teste de Tukey. Para o ensaio de oxidação nítrica foi aplicado o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis, seguido pelo teste de Dunn. Foram considerados significativos valores de p < 0,05. A concentração de nitrito aumentou com os tratamentos de 90s e 120s quando comparado ao grupo controle. Foi observada redução de viabilidade das células SCC-25 após 24h e 48h, independente do tempo de exposição ao plasma. Para a avaliação em 72h, houve efeito citotóxico apenas com o tratamento de 120s. A exposição ao PFA resultou em redução na temperatura do meio de cultura para todos os tempos avaliados. In vivo, a média de temperatura dos tumores pré-tratamento foi de 35 °C e no pós-tratamento foi de 35,7°C. Os dois tumores cutâneos responderam ao PFA, sendo uma resposta completa e outra parcial. O CCE oral permaneceu estável. Os efeitos adversos foram locais e incluíram eritema e formação de crostas. As reações foram em grau I, autolimitantes e não exigiram intervenção médica. Em conclusão, o PFA é capaz de gerar efeito citotóxico em linhagens celulares de carcinoma oral humano pela geração de estresse oxidativo. Para o tratamento do CCE cutâneo felino, o emprego do PFA parece seguro e promissor. Entretanto, para forma oral, o uso direto e isolado pode ter aplicação limitada.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CARLOS AUGUSTO GALVÃO BARBOZA - UFRN
Interno - 2330828 - CARLOS EDUARDO BEZERRA DE MOURA
Presidente - 087.118.887-25 - JOAO MARCELO AZEVEDO DE PAULA ANTUNES - UFERSA
Notícia cadastrada em: 03/02/2022 10:33
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