MORFOLOGIA DAS GLÂNDULAS SALIVARES MAIORES EM CATETOS (Pecari tajacu Linnaeus, 1758)
Desenvolvimento pós-nascimento, glicoconjulgados, animal silvestre, lecitinas.
Os porcos selvagens americanos apesar de se assemelharem aos porcos domésticos não pertencem à mesma família. As principais características da família dos Tayassuídeos são em relação aos dentes caninos superiores e seus estômagos parcialmente pluriloculares. A morfologia das glândulas salivares maiores de catetos ainda não foi descrita e estas glândulas fornecem embasamento que poderá nortear de melhor forma o manejo nesta espécie. Este trabalho objetivou estudar as glândulas salivares maiores em catetos. As glândulas foram analisadas por meio de microscopia de luz e eletrônica. Seguindo a metodologia constatou-se que havia três grupos pares de glândulas salivares no cateto, as parótidas, as mandibulares e as sublinguais. A parótida era a maior das glândulas observadas, enquanto a porção monostomática da glândula sublingual era a menor. A parótida era uma glândula serosa, no entanto, ao longo do seu desenvolvimento sintetizou mucinas neutras até os seis meses aproximadamente, a partir do sétimo mês essa produção cessou. O peso da glândula mandibular
diminuiu ao longo do aumento da idade do animal. As sublinguais não demonstraram alterações morfológicas durante o desenvolvimento do animal. A microscopia eletrônica revelou que os ácinos eram globosos, dispostos em forma de cacho de uvas, aderidos uns aos outros por meio de uma malha de fibras colágenas. Os ductos estavam em íntima relação com os ácinos. A ultraestrutura da glândula parótida revelou a presença de ácinos estritamente serosos, em intensa atividade de síntese e secreção de material para a luz ductal. Os grânulos
sintetizados por estas células eram muito eletrondensos. As glândulas mandibulares eram mistas. Suas células mucosas apresentavam inúmeros grânulos de secreção em variadas eletrondensidades e tamanhos, além disso, continham uma esférula muito eletrondensa no interior de alguns grânulos. A glândula sublingual era estritamente mucosas, com grânulos, em sua maioria, eletronlucentes.