Parasitismo e dispersão de Tetrastichus giffardianus Silvestri (Hymenoptera: Eulophidae) sobre Ceratitis capitata (Wiedemann) (Diptera: Tephritidae) em condições de campo no Semiárido
Mosca-do-mediterrâneo. Semiárido. Contole biológico. Parasitismo. Distribuição espacial
O manejo integrado de pragas (MIP) tem sido uma alternativa sustentável empregada no controle de moscas-das-frutas. Dentre as estratégias utilizadas no MIP para o controle de Ceratitis capitata (Wiedemann) em alternância com o químico é o controle biológico com uso de parasitoides. Em levantamentos de parasitoides de moscas-das-frutas na região Nordeste, foi verificado que poucos parasitoides apresentavam potencial e estavam associados ao controle de C. capitata, entretanto o parasitoide Tetrastichus giffardianus Silvestri foi obtido com mais frequência e em associação com C. capitata. Contudo é necessário avaliar a eficiência desse agente em condições de campo. Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar a capacidade de parasitismo e dispersão de Tetrastichus giffardianus sobre C. capitata em condições de campo em ambiente semiárido. O experimento foi conduzido em um pomar de goiabeira (Psidium guajava L.), no Centro de Multiplicação de Animais Silvestres (CEMAS), pertencente à Universidade Federal Rural do Semiárido. Para avaliar a capacidade de parasitismo e dispersão de T. giffardianus em campo, a partir do centro da área experimental foram determinados pontos no pomar. O parasitismo e a dispersão de T. giffardianus foram avaliados utilizando unidades de parasitismo, que consistiam em frutos de goiaba infestados com 25 larvas de terceiro instar de C. capitata, as quais foram distribuídos nos pontos. Com base nos resultados obtidos a partir de liberações a taxa máxima obtida de parasitismo de Tetrastichus giffardianus foi 28% em larvas de C. capitata em ambiente semiárido. A razão sexual do parasitoide foi sempre tendenciosa ao sexo feminino. A distância média de dispersão em campo de T. giffardianus parasitando C. capitata foi de 12m. A área média ocupada pelo parasitoide foi 144 m2, sendo necessário 69 pontos de liberação/ha.