SENSIBILIDADE E POTENCIAL REMEDIADOR DE ESPÉCIES FLORESTAIS AO HERBICIDA ATRAZINE: SIMULAÇÃO DA CONTAMINAÇÃO VIA ÁGUAS SUBSUPERFICIAIS
Lençol freático; Impacto ambiental; Fitorremediação.
O herbicida atrazine apresenta alto potencial de lixiviação por possuir baixa adsorção aos solos. Por isso, esse herbicida é frequentemente quantificado em reservatórios de água. Dessa maneira, torna-se imprescindível a adoção de estratégias capazes de mitigar o impacto ambiental causado pelo atrazine. No presente estudo, foi investigada a sensibilidade de espécies florestais às águas subterrâneas contaminadas pelo atrazine. Além disso, foi avaliado o potencial das espécies florestais de remediar esse herbicida como poluente de lençóis freáticos. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, com três repetições. Os tratamentos foram arranjados em esquema fatorial 2 x 10. O primeiro fator correspondeu a presença (1,0 mg i.a. kg-1 solo) ou ausência (controle) do herbicida atrazine na água subsuperficial. O segundo fator foi composto por 10 espécies florestais. As espécies florestais avaliadas possuem mecanismos de defesa antioxidante que lhes conferem diferentes níveis de sensibilidade ao atrazine. As espécies A. cearensis e B. cheilantha demonstraram-se altamente sensíveis ao atrazine, revelando uma baixa eficiência do sistema antioxidante e capacidade de descontaminação de águas contaminadas por esse herbicida. As espécies A. macrocarpa, E. contortisiliquum, L. ferrea e M. caesalpiniifolia apresentaram maior resistência aos danos oxidativos provocados pelo atrazine, porém, não foram eficientes no processo de fitorremediação. As espécies H. courbaril, M. urundeuva e T. aurea exibiram maior tolerância ao atrazine em decorrência da ativação de mecanismos de defesa antioxidante. Somente a espécie H. courbaril mostrou-se capaz de ser usada em processos de descontaminação de águas poluídas pelo atrazine.