PRODUTOS ALTERNATIVOS NO MANEJO DO OÍDIO (Podosphaera xanthii) EM MELOEIRO
Cucumis melo L. Doenças foliares. Enzimas. Fungo.
O meloeiro (Cucumis melo L.) é uma das principais hortaliças produzidas no Nordeste brasileiro, destacando-se o estado do Rio Grande do Norte com aproximadamente 52% da produção nacional, devido as condições ambientais favoráveis. Apesar do clima propicio para a cultura, o meloeiro é acometido por muitos problemas sanitários, sendo o oídio (Podosphaera xanthii (Castag.) U. Braun & N. Shish.) a principal doença foliar da cultura. Considerando estas informações, o presente estudo objetivou verificar o efeito de produtos alternativos no manejo do oídio no meloeiro. Foi utilizado o delineamento de blocos casualizados (DBC), com oito tratamentos: 1= Controle; 2= Amistar Top®; 3= Supress-L™; 4= Agro Mos®; 5= Cooper crop®; 6= Soil set®; 7= Fertisilício® e 8= Leite cru (diluição de 20% em água) e oito repetições. Foram analisados: período de incubação, incidência e severidade da doença, área abaixo da curva de progresso da doença, crescimento do meloeiro e qualidade dos frutos. Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA), seguido pelo teste de comparação de médias de Scott-Knott à 5% de probabilidade. O Leite cru foi o melhor método de controle alternativo para o oídio, sendo equivalente ao controle químico (Amistar Top®), reduzindo a severidade da doença em 48,94% e aumentando em 19,49% o ° brix do melão. O Copper Crop® também foi eficiente no controle do oídio e reduziu a severidade em 29,79%. O Supress-L™ e o Fertisilício® não foram eficientes para o manejo do oídio do meloeiro na condição ambiental estudada. O presente estudo indicou que a atividade da polifenoloxidase, peroxidase, quitinase e β-1,3-glucanase estão envolvidas com o mecanismo de defesa do meloeiro, uma vez que os tratamentos com maiores atividades enzimáticas promoveram menor severidade do oídio. Entre os produtos estudados, o Leite cru é o que promoveu maiores atividades das enzimas estudadas.