MORFOFISIOLOGIA DE MUDAS DE PINHEIRA IRRIGADAS COM ÁGUAS RESIDUÁRIAS SALINAS SUBMETIDAS A DOSES DE NPK
Annona squamosa L., produção de mudas, Reúso de água, manejo da adubação.
O cultivo de pinheira irrigada tem crescido no Nordeste brasileiro nos últimos anos. Sobretudo, devido à limitação de água de qualidade para irrigação nesta região, é necessário buscar estratégias de manejo de solo e água de modo a diminuir o aumento da concentração de sais no solo. Nesse sentido, objetivou-se avaliar doses de NPK na mitigação do estresse salino em mudas de pinheira irrigadas com águas residuárias salinas. O estudo foi conduzido foi conduzido em casa de vegetação da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), em Mossoró-RN, em delineamento de blocos casualizado, em esquema fatorial 3 x 5, com quatro repetições totalizando 15 tratamentos com 120 plantas. Foram testadas três águas de irrigação, sendo elas água de abastecimento local (CEa = 0,53 dS m-1), rejeito de dessalinizadores de osmose reversa e efluente da piscicultura (CEa = 3,50 dS m-1). E cinco doses de NPK, referentes as proporções de 25, 50, 75, 100 e 125% da recomendação de adubação de 100:300:150 mg dm-3 de N:P:K. As mudas foram conduzidas em recipientes plásticos com capacidade de 2 dm3, a aplicação dos tratamentos teve início no primeiro dia, logo após a semeadura e aos 90 dias após a semeadura as mudas foram avaliadas quanto ao crescimento, acúmulo de biomassa e nutrientes. Ainda nesse período, foram avaliadas as trocas gasosas foliares, fluorescência da clorofila e o acúmulo de biomassa. A irrigação com rejeito salino e efluente da piscicultura restringem o crescimento das mudas de pinheira independente da dose de NPK utilizada. A homeostase iônica das mudas irrigadas com rejeito salino e efluente da piscicultura é otimizada com adubação com 50% da recomendação de NPK. Para produção de mudas irrigadas com água de abastecimento recomenda-se a dose de 75%, correspondente a 75, 225 e 112,5 mg de N, P2O5- e K2O por dm3, respectivamente. Para produção de mudas irrigadas com rejeito salino e efluente da piscicultura recomenda-se a dose média de 50% correspondente a 50, 150 e 75 mg de N, P2O5- e K2O por dm3, respectivamente. O uso do rejeito salino e efluente da piscicultura na irrigação de mudas de pinha reduz a atividade fotossintética e o acúmulo de biomassa. As melhores respostas fisiológicas e acúmulo de biomassa ocorrem nas doses de NPK de 75% (75:225:112,5 mg dm-3 de N:P:K) para mudas irrigadas com água de abastecimento, 60% (60:180:90 mg dm-3 de N:P:K) para irrigadas com rejeito salino e 40% (40:120:60 mg dm-3 de NPK), para irrigadas com efluente da piscicultura.