Uso de cobertura morta em cultivares de alho precoce livre de vírus nas condições do semiárido tropical.
Allium sativum L. Mulching. Adaptação. Alho-semente. Produtividade.
A cobertura do solo com materiais de origem vegetal é uma prática cultural tradicional na cultura do alho, especialmente entre pequenos produtores. Enquanto que o uso de alho-semente livre de vírus é uma tecnologia recente que vem sendo utilizada em várias regiões produtoras de alho do Brasil, pois possibilita a exploração do máximo potencial produtivo das cultivares. Desse modo, foi instalado um experimento no período de maio a setembro de 2018 com o objetivo de avaliar o efeito da cobertura morta sobre a produção de cultivares de alho precoce livre de vírus nas condições do semiárido tropical. O delineamento experimental foi de blocos completos casualizados com quatro repetições, em parcelas subdivididas. As parcelas foram representadas pelas coberturas do solo: sem cobertura e com cobertura morta utilizando palha triturada de carnaubeira (Copernicia cerifera Mart.), e as subparcelas pelas cultivares de alho: Araguari, Cateto Roxo, Canela de Ema, Centralina, Gravatá e Branco Mossoró, sendo esta última infectada. As características avaliadas foram: índice de velocidade de emergência, altura de plantas, número de folhas, ciclo cultural, estande final, massa média de bulbos, produtividade total e comercial, classificação dos bulbos, número de bulbilhos por bulbo e classificação de bulbilhos. A cobertura do solo não afetou a altura de plantas, número de folhas e estande final, porém influenciou no índice de velocidade de emergência. A cobertura morta promoveu aumentos significativos na massa média de bulbos, produtividade total e comercial para cultivar Gravatá, e não significativo para as demais cultivares. A ´Gravatá` tanto na presença quanto na ausência da cobertura morta apresentou maior desempenho produtivo em relação às demais cultivares. A cultivar Araguari com baixo desempenho agronômico não mostrou-se adaptada a região de Mossoró.