ECOFISIOLOGIA DO TOMATEIRO CEREJA SOB FERTIRRIGAÇÃO COM EFLUENTE DA PISCICULTURA EM DIFERENTES FASES FENOLÓGICAS
Solanum lycopersicon; reuso; sustentabilidade; salinidade.
A escassez de água boa superficial e a baixa fertilidade natural dos solos são fatores limitantes da produção agrícola praticada no semiárido do Nordeste brasileiro. Deste modo, tem-se buscado fontes alternativas de recursos hídricos para agricultura, como, por exemplo, os efluentes da carcinicultura e piscicultura. Uma alternativa para disposição e tratamento deste resíduo é a sua utilização como fonte hídrica e de matéria orgânica para a fertilização de plantas em cultivos agrícolas, revegetação de áreas degradadas etc., todavia, faz-se necessário à adoção de parâmetros bem definidos com relação à aplicação do volume de efluente em função da espécie vegetal cultivada, evitando impactos ambientais negativos. Neste contexto, o objetivo dessa pesquisa é avaliar o potencial agrícola do efluente da piscicultura como fonte hídrica e nutricional no tomateiro cereja. Especificamente, objetiva-se avaliar estratégias de manejo no uso do efluente da piscicultura em diferentes estádios fenológicos do tomate cereja (Solanum lycopersicon, cv. Samambaia). O experimento foi realizado em vasos com fibra de coco e composto orgânico (2:1) em casa de vegetação sob delineamento de blocos casualizados, com 10 tratamentos e 4 repetições. As plantas de tomate foram irrigadas com água de abastecimento (CE=0,6 dS m-1 e pH = 6,5) e/ou fertirrigadas com efluente da piscicultura (CE = 4,54 dS m-1 e pH = 6,7) aplicada em quatro fases fenológicas, vegetativa, florescimento, frutificação e amadurecimento. Avaliou-se crescimento, trocas gasosas, fluorescência da clorofila A, pigmentos cloroplastídicos, extravasamento de eletrólitos, produção e qualidade pós-colheita. Os dados coletados foram submetidos à análise de variância e suas médias comparadas utilizando-se o teste de Dunnett (p