"Propagação e produção de mudas de mulungu, Erythrina velutina Willd. (Fabaceae) e jucá, Caesalpinia ferrea Mart. Ex Tul. (Caesalpiniaceae) em Mossoró-RN"
germinação, Erythrina velutina, Caesalpinia ferrea, mudas
Erythrina velutina Willd. e Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul. são utilizadas na medicina popular do Nordeste. A casca de E. velutina apresenta ação antiepatotóxica, anti-inflamatória e sedativa. O extrato hidroalcoólico dos frutos de C. ferrea tem ação antiinflamatória, imunoestimulante, hiperglicemiante e inibitória de tumores. Este trabalho foi desenvolvido na UFERSA. O objetivo foi avaliar o efeito de métodos de propagação em diferentes ambientes e épocas na produção de mudas de E. velutina e C. ferrea em Mossoró-RN. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado. As sementes destas espécies apresentam dormência tegumentar, que é superada quando escarificadas na extremidade oposta à micrópila, podendo ser armazenadas em câmaras frias, sem perdas significativas na emergência das plântulas por um período de 2 anos para E. velutina e 3 para C. ferrea. Mudas de E. velutina e C. ferrea podem ser produzidas, por meio de sementes, a pleno sol e em substratos que contenham matéria orgânica. Podem ser produzidas, também, por meio de estacas semilenhosas oriundas de plantas jovens de E. velutina com 6 a 12 meses de idade obtendo-se 90 a 95% de enraizamento, e por meio de estacas, com 18 cm de comprimento, provenientes de raízes de mudas de C. ferrea. Quando submetidas à dose de 6.000 mgL-1 de AIB pode-se obter até 85% de enraizamento.