Efeitos de seca prolongada na dissimilaridade taxonômica e funcional de assembleias de peixes de um reservatório semiárido
Partição de dissimilaridade, distúrbio, turnover, riqueza de espécies, traits, mudanças climáticas
O entendimento de distúrbios extremos sobre a diversidade de assembleias é um dos principais desafios da ecologia de comunidades. Nesse projeto foram avaliados os efeitos de uma seca prolongada de cinco anos na dissimilaridade taxonômica e funcional de assembleias de peixes de um reservatório do semiárido brasileiro. Mais especificamente, o projeto teve por objetivos: 1) quantificar a importância da variação da substituição de espécies (turnover) e riqueza de espécies nas dissimilaridades taxonômicas e funcionais; 2) testar a relação entre as dissimilaridades taxonômica e funcional; 3) testar a relação entre fatores locais relacionados à seca (precipitação e volume do reservatório) e de escala de hábitat (oxigênio, temperatura e pH) nas dissimilaridades taxonômica e funcional. Os resultados do estudo demonstraram que mudanças na substituição e na riqueza de espécies de espécies contribuem de forma similar (50%) nas dissimilaridades de espécies e de traços funcionais ao longo do gradiente de seca. A variação da dissimilaridade funcional foi fortemente correlacionada com a dissimilaridade taxonômica. Mudanças na dissimilaridade taxonômica e funcional foram associadas significativamente à variação de fatores locais associados à seca e fatores limnológicos que atuam em escala de micro-habitat. Esses resultados indicam que a seca prolongada muda a composição taxonômica e funcional de assembleias de peixes em reservatório.