Banca de DEFESA: Gilderlândio Pinheiro Rodrigues

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Gilderlândio Pinheiro Rodrigues
DATA : 24/07/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

DIAGNÓSTICO MOLECULAR DOS PRINCIPAIS HEMOPARASITAS EM VACAS LEITEIRAS NA MICRORREGIÃO DO SERTÃO CENTRAL DO CEARÁ.


PALAVRAS-CHAVES:

Anemia. Babesiose. Carrapatos. Reação em Cadeia da Polimerase.Tripanossomíase.


PÁGINAS: 54
RESUMO:

A tripanossomíase e a babesiose bovina correspondem a importantes doenças hemoparasitárias que podem acometer tanto bovino de leite como de corte e causam grandes prejuízos econômicos. A tripanossomíase é causada por protozoários do gênero Trypanossoma e a transmissão acontece tanto de forma biológica, como de forma mecânica. A babesiose é causada pelos protozoários Babesia bovis e Babesia bigemina, que podem ser transmitidos através do carrapato Rhipicephalus (Boophilus) microplus. Apesar de serem doenças conhecidas no Brasil e descritas em diversas regiões, ainda não há trabalhos avaliando a prevalência dessas doenças em rebanhos de bovinos leiteiros no estado do Ceará, mais especificamente no Sertão Central, o qual possui um rebanho efetivo e alta produção de leite. Com isso, o objetivo deste estudo foi realizar o diagnóstico molecular dos principais hemoparasitas de vacas leiteiras na microrregião do Sertão Central do Ceará. Para isso, foram coletadas amostras de sangue total por punção venosa em vacas leiteiras, as quais foram selecionadas de forma aleatória, em distintos sistemas de produção. O sangue foi alocado em tubos estéreis contendo ácido etilenodiamino tetra-acético (EDTA) e tubos sem anticoagulante, os quais foram acondicionados em caixas térmicas e destinados ao Laboratório de Diagnósticos em Patologia Clínica Veterinária da UFERSA. Para o diagnóstico molecular dos parasitas foi realizada a extração do material genômico e, posteriormente, a PCR direcionada ao gene CatL para T.vivax e SS rRNA de B. bigemina e B. bovis. Além disso, foi realizada avaliação do volume globular através da técnica de microhematócrito. Após tabulação de dados foi realizada análise quanto a normalidade por teste de Kolmogorov-Smirnov. Para a análise de comparação das amostras independentes e contínuas foi utilizado o teste U de Mann-Whitney e para análise inferencial dos dados categóricos foi utilizado o teste do qui-quadrado. Considerou-se diferença significativa quando o nível de significância foi menor ou igual a 5%. No total foram coletadas 246 amostras de sangue de 15 propriedades rurais, sendo que todas foram avaliadas para Trypanosoma vivax e 160 foram escolhidas aleatoriamente para avaliação de B. bigemina e B. bovis. Foi detectado T.vivax em 2,6% (1/260) das amostras, enquanto B. bigemina e B. bovis foram detectadas em 20,62% (33/160) e 11,87% (19/160) das amostras, respectivamente. Verificou-se que houve redução significativa na porcentagem do volume globular das hemácias (p < 0,05) em animais que apresentaram coinfecção e infectados apenas por B. bovis (p = 0,05), mas não naqueles que apresentavam apenas B. bigemina (p > 0,05). Não houve associação ou influência das variáveis compra de animais recentes nem controle de carrapato sobre a infecção por B. bovis e/ou B. bigemina. Apesar de apenas um animal ter sido diagnosticado positivamente para tripanossomíase, foi possível identificar fatores epidemiologicamente importantes que podem facilitar a transmissão do parasita para animais saudáveis, como compras de animais recentes e compartilhamento de mesma agulha e seringa para aplicação de ocitocina. Em relação à presença de babesiose, observou-se que apesar de existir controle de carrapatos na maior parte das propriedades, estas ainda tinham casos positivos da doença, que se não acompanhados, podem trazer maiores prejuízos. Dessa forma, afirma-se que os agentes pesquisados estão presentes na população avaliada e que práticas cotidianas durante o manejo das vacas podem facilitar a transmissão dessas e de outras doenças. O acompanhamento das propriedades é necessário com objetivo de propagação de informações e cuidados que devem ser tomados durante o manejo para evitar que o animais doentes propaguem as doenças aos demais saudáveis.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ARLEI MARCILI - PESQUISADOR
Externo ao Programa - 2287311 - JAEL BATISTA SOARES - nullPresidente - 2626416 - MICHELLY FERNANDES DE MACEDO
Notícia cadastrada em: 17/07/2023 08:24
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação - (84) 3317-8210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sig-prd-sigaa01.ufersa.edu.br.sigaa01