Banca de DEFESA: LEÂNDRO ALVES DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LEÂNDRO ALVES DA SILVA
DATA: 28/09/2021
HORA: 08:30
LOCAL: via google meet
TÍTULO:

COMPORTAMENTO HIGIÊNICO COMO RESPOSTA AO Varroa destructor EM ABELHAS AFRICANIZADAS (Apis mellifera L.) NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO


PALAVRAS-CHAVES:

Acaricidas. CCD. Sanidade das abelhas. Varroatose. VSH


PÁGINAS: 135
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Zootecnia
RESUMO:

A sanidade das abelhas é uma temática discutida mundialmente, por ser um ponto
crítico na cadeia produtiva e de fundamental importância para a manutenção das colônias e da
produção apícola. O ácaro V. destructor é considerado uma das pragas mais letais da
atualidade e mecanismos alternativos para o controle desse parasita, sem uso de tratamentos
químicos, têm sido estudados em A. mellifera L. Mesmo presente em todos os estados do
Brasil, o V. destructor não tem causado os mesmos efeitos maléficos como vistos em outros
em decorrência da tolerância da abelha africanizada, do ciclo de vida das abelhas, do
comportamento higiênico sensível ao ácaro, do grooming, clima entre outos fatores. O
comportamento higiênico é considerado o principal mecanismo de defesa para o controle
populacional do V. destructor, e a seleção de colônias higiênicas tem sido feita buscando esse
objetivo. Com isso, no presente trabalho buscou-se avaliar o comportamento higiênico como
resposta a esse parasita em abelhas africanizadas no semiárido brasileiro, para isso,
subdividimos o experimento em três etapas, aqui chamada de capítulos. No capítulo 2 foi
realizado um estudo comparativo de dois métodos de avaliação do comportamento higiênico,
o método de congelamento no congelador (MC) e o método de perfuração (MP) da cria com
alfinete entomológico, para averiguar a eficiência desses métodos na remoção de crias mortas
artificialmente em 24 e 48 horas e a partir desses resultados adotar o melhor método nos
outros experimentos. Foi usado um delineamento inteiramente casualizado, com 4 repetições
por colônia e 2 tratamentos. A coleta de dados desse experimento ocorreu entre outubro e
dezembro de 2019. No capitulo 3 foi avaliado o comportamento higiênico sensível ao V.
destructor (CHSV) em diferentes níveis fenotípicos do comportamento higiênico geral em
abelhas africanizadas (A. mellifera L.) e sua relação com a taxa de infestação em abelhas
adultas e em crias, além disso, a taxa de infestação foi correlacionada com a área de cria
operculada. Foram formados três grupos higiênicos: baixo (CH0,05) entre o CH e a taxa
de infestação do V. destructor tanto em abelhas adultas (p= 0,0203) quanto em crias (p = -
0,0126). Houve correlação positiva (P< 0,0001) entre a infestação de ácaros em abelhas
adultas e a infestação de ácaros em crias (p = 0,7027), entretanto, não houve correlação
(P>0,05) do CHSV com a infestação em abelhas adultas (p = 0,0873) e crias (p = 0,0174). Os
resultados da análise mostraram correlação negativa entre a área de cria (P < 0,0001) e a
infestação de ácaros em abelhas adultas (p = -0,5298), bem como entre a infestação de ácaros
em crias (p = -0,6427). Houve correlação positiva entre a temperatura do ar e infestação de
ácaros em abelhas adultas (p=0,3867) e crias (p= 0,8071). Houve correlação negativa entre a
umidade relativa do ar e a infestação em abelhas adultas (p= - 0,5041) e crias (p= - 0,7324),
semelhantemente, houve correlação negativa da precipitação pluviométrica com a infestação
em abehas adultas (p= - 0,1720) e crias (p= - 0,3312). A média de infestação mensal pode
ser considerada baixa, tendo em vista que se manteve abaixo de 10%, com exceção de
novembro que chegou a 12,19%±6,45, entretanto, houve variação na infestação entre
colônias, chegando a 42%. Não houve diferença estatística na taxa de infestação entre os
grupos fenotípicos (P>0,05). Observou-se que a infestação do ácaro associado com as
variáveis climáticas influenciou na enxameação de 32% das colônias (TºC= 0,3522; UR= -
0,40398; PPmm= -0,3981). O comportamento higiênico pode ser avaliado pelos dois métodos
em 24 horas, sem necessidade de avaliar nas 48 horas, porém, considerando praticidade e
acessibilidade, o método de perfuração é mais viável, podendo ser facilmente aplicado tanto
no campo quanto em laboratório. O comportamento higiênico sensível à V. destructor não
diferiu entre os 3 grupos fenotipicos. A taxa de infestação foi diretamente influenciada pela
área de cria. E a infestação do ácaro aliado as condições ambientais na entressafra
favoreceram na enxameação das colônias nos meses mais críticos. Não houve correlação
significativa entre o comportamento higiênico e a infestação mensal desse parasita, mostrando
que a tolerância das abelhas africanizadas é resultante de vários fatores e não apenas do
comportamento higiênico. Mesmo assim, os resultados encontrados reforçam a linha de
pensamento de que no Brasil não há a necessidade de aplicação de acaricidas para controle do
V. destructor.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - DAVID DE JONG - USP
Presidente - 2269130 - KATIA PERES GRAMACHO
Externo à Instituição - LIONEL SEGUI GONCALVES - UCSP
Notícia cadastrada em: 09/09/2021 16:32
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