UTILIZAÇÃO DO NITROGENIO FECAL PARA ESTIMAR O CONSUMO E A COMPOSIÇÃO DA DIETA DE ANIMAIS EM PASTEJO NO SERTÃO DO RIO GRANDE DO NORTE
Nitrogenio fecal, consumo, pastejo.
A correta nutrição dos rebanhos é condição fundamental para a eficiência na produção animal. Dessa forma, o consumo de nutrientes é um dos principais fatores limitantes na produção de ruminantes em pastejo, sendo influenciado por vários fatores associados ao animal, ao pasto, ao ambiente e suas interações. O consumo pelos animais a pasto, no entanto, não pode ser determinado diretamente, de modo que várias metodologias foram desenvolvidas para estima-lo. Além do consumo de matéria seca, a concentração de nutrientes, como a proteína bruta, bem como a digestibilidade da matéria seca exige a coleta de amostras de extrusa e animais fistulados que tornam esta prática laboriosa e pouco praticada.
Em função disto, vários trabalhos têm sido feitos para desenvolver modelos que permitam a previsão destas variáveis de forma mais rápida e fácil, assegurando a precisão e a acurácia das estimativas. Vários indicadores fecais têm sido avaliados para a previsão de características da dieta de animais em pastejo, com resultados mais consistentes para o nitrogênio fecal. No entanto, a relação entre o nitrogênio excretado pode variar dependendo de fatores de composição da dieta como presença de compostos secundários, que interfere no metabolismo protéico, os quais estão presentes na pastagem nativa predominante no Nordeste, a caatinga. Portanto, modelos desenvolvimentos para outras situações, podem não se adequarem para uso em animais pastejando a Caatinga. Desta forma, é importante determinar a natureza da relação entre o nitrogênio fecal e variáveis da dieta, bem como modelos para estimar os atributos de interesse a partir de dados coletados em animais pastejando Caatinga