O DESAFIO DO ENSINO REMOTO DURANTE A PANDEMIA DA COVID 19 PARA DOCENTES E DISCENTES DA UFAL E SEUS IMPACTOS NA SAÚDE MENTAL
Saúde Mental. Pandemia. Estudantes. Professores. Ensino Superior.
A pandemia da COVID-19 trouxe inúmeras incertezas, medos e angústias na vida das pessoas; com os estudantes e professores não foi diferente, a nova rotina escolar diante da pandemia através do aumento da exposição de telas e uso de tecnologias antes desconhecidas, desencadeou nesse público uma série de transtornos como ansiedade e depressão, nesse sentido avaliamos algumas variáveis de saúde mental antes e durante da pandemia. O estudo investigou os impactos da pandemia de COVID-19 na saúde mental de estudantes e professores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), com foco na transição para o ensino remoto emergencial. Utilizou-se um questionário on-line via Google Forms para coletar dados sobre mudanças nos hábitos e comportamentos durante a pandemia, além da autoavaliação da saúde mental com o uso do Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20). Participaram do estudo 296 indivíduos, sendo 219 alunos e 77 professores. Os resultados revelaram que tanto estudantes quanto professores experimentaram impactos negativos significativos em sua saúde mental durante o período pandêmico. A análise dos dados do SRQ-20 indicou que os estudantes foram mais afetados do que os professores em diversas categorias avaliadas, mostrando uma piora significativa em 15 dos 20 itens investigados, já nos professores registrou-se uma piora em sete dos 20 itens investigados. Sobre a faixa etária predominante entre os estudantes foi de 18 a 24 anos (58%), enquanto entre os professores foi de 35 a 44 anos (40,3%). Quanto ao gênero, predominaram estudantes do sexo feminino (62,6%) e professores do sexo masculino (62,3%). Em relação à raça, a maioria dos estudantes se declarou parda (43,4%), e a maioria dos professores se declarou branca (64,9%). Quanto ao estado civil, a maioria dos estudantes era solteira (79,9%), e a maioria dos professores casados (58,4%). Adicionalmente, tanto estudantes quanto professores buscaram medidas de enfrentamento durante o período pandêmico, 76,7% dos respondentes informaram que adotaram novos hábitos e 74,3% deles aumentaram a frequência de um hábito já existente como forma de enfrentamento durante a pandemia. Entre aqueles que não adotaram novos hábitos, apenas os estudantes apresentaram um valor de p significativo indicando aumento. Esses achados destacam as adaptações significativas nos comportamentos e hábitos de estudantes e professores durante a pandemia. Reforçam a necessidade de intervenções urgentes para promover a saúde mental na comunidade acadêmica, visando mitigar os impactos negativos contínuos da pandemia e apoiar o bem-estar psicológico no ambiente educacional.