MODELO DE REFERÊNCIA PARA ANÁLISE DA EFETIVIDADE DAS ESTRATÉGIAS DE INCLUSÃO ESCOLAR
Palavras-chave: Inclusão Escolar. Práticas de Inclusão. Efetividade da Inclusão Escolar. Benchmarking. PROMSORT.
Estudos e proposições dirigidos à promoção da inclusão escolar permitem ampliar a nossa compreensão sobre o tema e sobre a metodologia que adotamos na pesquisa. Entretanto, não identificamos na literatura nenhuma pesquisa propondo um sistema de avaliação da efetividade das práticas de inclusão escolar em escolas do ensino fundamental. Assim, o presente estudo tem como objetivo propor um modelo de referência para avaliar o nível de efetividade das práticas de inclusão escolar nas escolas de nível fundamental, sendo demonstrada a sua aplicação em escolas do município de Apodi-RN. Nossos intercessores teóricos principais são: Maria Teresa Ègler Mantoan, Cláudia Rodrigues de Freitas e Cláudio Baptista, com seus estudos sobre a inclusão escolar. Além dos teoricos, buscamos as definições legais e políticas como: Constituição Federal 1988, Declaração de Salamanca, Política de Educação Especial de 2008, Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. A pesquisa se constroi a partir da identificação da necessidade de construção de dados, indicadores relacionados às práticas desenvolvidas nas escolas brasileiras, de modo a apoiar, acompanhar e subsidiar a formulação de políticas públicas e projetos pedagógicos de gestores e de educadores para a efetivação da inclusão escolar. A metodologia adotada foi um estudo de caso, com aplicação de questionário e entrevistas semiestruturadas. O método da pesquisa foi conduzido em três etapas: (I) concepção do modelo; (II) coleta de dados e; (III) classificação de um conjunto de escolas de nível fundamental na cidade de Apodi-RN. Esta ferramenta de Benchmarking, ao ser validada, poderá ser reproduzida em outros municípios, com o objetivo de identificar aquelas escolas com excelência na inclusão escolar e quais as práticas que efetivamente promovem a inclusão escolar. Pelos resultados obtidos, a maioria das escolas (46,66% na perspectiva positiva e 53,33% na negativa) foi classificada como parcialmente inclusiva. Além disso, aproximadamente 53,33% das escolas participantes da pesquisa mantiveram suas classificações e dentro dos sessenta e dois cenários analisados, 40% apresentaram variação de classificação dependendo do cenário, em duas classificações, uma variabilidade significativa causada pela sensibilidade ao ponto de vista de classificação adotado e pela variação dos pesos dos cenários. Assim, como principal resultado, o estudo indicou que, em geral, as escolas participantes do estudo foram classificadas como parcialmente inclusivas, seja pela visão positiva ou negativa. Desse modo, constata-se a estabilidade dos resultados obtidos por meio do modelo desenvolvido e a viabilidade da utilização deste modelo como subsídio para o desenvolvimento de uma plataforma web de benchmarking capaz de criar um ambiente virtual propício à busca das melhores práticas efetivas de inclusão escolar.