TECNOLOGIAS SOCIAIS DE CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO UTILIZADAS NA AGRICULTURA FAMILIAR EM UM ASSENTAMENTO DE REFORMA AGRÁRIA NO MUNICÍPIO DE UPANEMA/RN
Tecnologias sociais; Convivência com o semiárido; Agricultura familiar; Bom Lugar e Upanema/RN.
Partindo da necessidade de reflexão sobre o tema das tecnologias sociais e as práticas de
convivência com o semiárido presente na agricultura familiar no município de Upanema/RN,
surge como ponto de investigação e estudo a realização do referente trabalho, tendo como
objetivo, identificar as tecnologias socais utilizadas pelas famílias do assentamento de reforma
agrária Bom Lugar I, buscando compreender os desafios e possibilidades atinentes aos
agricultores familiares em relação as práticas de convivência com o semiárido. A realização da
pesquisa teve como percurso metodológico o uso da pesquisa exploratória com natureza
qualitativa, onde inicialmente realizou-se um levantamento bibliográfica, buscando obter um
estado do conhecimento acerca do que foi produzido sobre à temática da pesquisa,
contemplando o levantamento de dados em artigos científicos, contidos em revistas eletrônicas,
assim como outras bibliografias. Na sequência aplicou-se o instrumento de coleta de dados,
conhecido como entrevista semiestruturada, utilizando a aplicação de questionários, contendo
perguntas abertas e fechadas, sobre as tecnologias sociais e práticas de convivência com o
semiárido na agricultura familiar. Sequencialmente para o tratamento dos dados obtidos ao
longo da pesquisa, foi implementado como recurso tecnológico o software Iramuteq 0.7 alfa 2,
que contribuiu de forma significativa na construção dos resultados da pesquisa, possibilitando
tanto análise de conteúdo, como a interpretação das informações apresentados ao longo dos
questionários usados na entrevista, oportunizando por consequente a construção de gráficos e
tabelas para facilitar com maior eficiência o entendimento sobre os resultados apresentados na
descrição da pesquisa. Frente a isso, foi possível compreender a importância da cisterna de
placa enquanto tecnologia social de convivência com o semiárido, sobretudo na contribuição
da permanência dos agricultores familiares na localidade do assentamento, reduzindo
diretamente a desigualdade social com relação ao acesso à água e assegurando por consequente
o bem estar social das famílias, como também a imprescindibilidade dessa tecnologia no
contexto do semiárido, possibilitando novas perspectivas de convívio frente aos desafios
existentes no semiárido brasileiro.