Banca de DEFESA: ANA RAQUEL MARTINS DE HOLANDA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA RAQUEL MARTINS DE HOLANDA
DATA : 14/08/2023
HORA: 09:30
LOCAL: Sala 21 da PROPPG.
TÍTULO:

DESCOBRINDO AS INSIGNIFICÂNCIAS: UM OLHAR PARA O JOVEM EM SITUAÇÃO DE SOFRIMENTO PSÍQUICO.


PALAVRAS-CHAVES:

Saúde Mental e Atenção Psicossocial; Juventude, Pesquisa-intervenção.


PÁGINAS: 91
RESUMO:

Disserto sobre a juventude na política de saúde mental em uma perspectiva que alia o reconhecimento dos contextos sociais e as vozes dos próprios jovens. Ainda que exista um marco legal, a construção de uma política em saúde mental voltada para os jovens que considere suas particularidades é um desafio. Partindo desse pressuposto, neste trabalho escrevo sobre uma pesquisa desenvolvida no Centro de Atenção Psicossocial Infanto-juvenil compondo uma narrativa em diálogo com a poética de Manoel de Barros que se construiu a partir das minhas inquietações como pesquisadora. O caminho metodológico neste pesquisar escolhido se ancora, em seus pressupostos e práticas possíveis, na pesquisa qualitativa circunscrita no formato de pesquisa-intervenção com uma escrita narrativa em primeira pessoa. Por ser intervenção, me baseio na premissa de que a pesquisa não deve ser apenas uma atividade teórica, mas também uma forma de intervir com a participação ativa de todos os sujeitos envolvidos com o pesquisar. Compreendendo que intervir na pesquisa é possibilitar a produção de subjetividades e de invenções [de si no mundo], foram realizadas seis oficinas que aconteceram entre os meses de novembro e dezembro de 2022. Os participantes da pesquisa foram os jovens que frequentam o CAPSi Enfª Maria de Fátima Araújo Fernandes de Medeiros, localizado na cidade de Mossoró-RN. A cada encontro os jovens foram convidados a produzir conhecimento e expressar emoções, subjetividade e pertencimento. Seguindo os preceitos éticos previsto nas Resoluções n° 466/12 e n° 510/16 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), foram utilizados o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e o Termo de Assentimento Livre e Esclarecido (TALE). Para análise e discussão do material colhido durante as oficinas consideramos o método da cartografia por acolher a minha postura enquanto pesquisadora. Essa escolha metodológica subverte o sentido tradicional de método, sem “abrir mão” da orientação do percurso da pesquisa e priorizando o conhecimento. Como resultados de pesquisa, foi possível [re]conhecer nos jovens o humano em toda a sua complexidade. A cultura do diagnóstico [imposta em siglas e códigos] não consegue da conta das profundezas e “insignificâncias”, pois existe uma experiência de vida maior e que vai além dos rótulos de transtorno e adoecimento. O cuidado em saúde mental, quando verdadeiramente social e comunitário, não pode ser restrito. É necessário contemplar questões específicas da juventude, reconhecendo suas singularidades e considerando o contexto social em que os jovens estão inseridos [com a família, na escola, com os amigos e em comunidade].


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - DANIEL DE QUEIROZ LOPES - UFRGS
Presidente - ***.634.740-** - DEISE JULIANA FRANCISCO - UFAL
Interno - ***.951.480-** - RICARDO BURG CECCIM - UFRGS
Notícia cadastrada em: 14/07/2023 12:14
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