AVALIAÇÃO DE FORMULAÇÃO VACINAL CONTENDO rCP40 DE Corynebacterium pseudotuberculosis ASSOCIADA A BCG PASTEUR CONTRA LINFADENITE CASEOSA EM OVINOS
proteção cruzada, vacina recombinante de subunidade, pequenos ruminantes, imunoprofilaxia.
A Linfadenite Caseosa (LC) é uma doença que acomete principalmente pequenos ruminantes, causada pela Corynebacterium pseudotuberculosis, ocasiona lesões caseosas nos linfonodos e órgãos internos, cuja principal medida de profilaxia é a vacinação dos rebanhos. A CP40 é uma proteína secretada pela C. pseudotuberculosis, cuja presença é abundante após 7 dias de infecção, e é um dos alvos de interesse para uso na vacinologia. A Mycobacterium bovis BCG Pasteur é uma cepa atenuada, onde o seu potencial de imunização cruzada contra a linfadenite caseosa vem sendo explorado em nível experimental, justamente pelo fato de serem microrganismos pertencentes ao mesmo grupo. O objetivo deste trabalho é produzir e avaliar uma formulação vacinal contendo a proteína rCP40 de C. pseudotuberculosis associada ao BCG Pasteur contra a linfadenite caseosa. Para isso, foram utilizados dois grupos experimentais, cada um com 6 ovinos, para verificação da eficácia da vacina, no grupo controle (G1) foi administrado solução salina a 0,9%, no grupo experimental (G2) foi administrada a vacina rCP40 + BCG. Coletas de sangue foram realizadas nos dias 0, 21, 49, 77, 105 e 133 do experimento, para a verificação da resposta imune humoral e produção de anticorpos anti- rCP40 e anti-BCG através de ELISA indireto. Após 133 dias, os animais foram necropsiados para verificação de lesões caseosas, e análises histológicas dos tecidos. O aumento nos índices de anticorpos produzidos contra a proteína rCP40 foram detectados a partir do dia 21, e se mantiveram elevados até o final do experimento, demonstrando a capacidade da formulação em desencadear a resposta imune humoral contra a proteína recombinante. Como esperado, não foi detectado aumento na produção de anticorpos anti-BCG, pois este é um microrganismo intracelular. O número de lesões macroscópicas e microscópicas encontradas nos linfonodos no G2 foi significativamente menor do que as lesões identificadas no G1. Nos órgãos internos, só foi possível identificar a presença de lesões nos pulmões dos ovinos do G1, mas nenhuma lesão foi encontrada nos pulmões dos animais do G2, demonstrando uma proteção de 100% contra lesões pulmonares.