AVALIAÇÃO DOS ÍNDICES DE QUALIDADE DE MANTEIGAS PRODUZIDAS NO NORDESTE, EM INDÚSTRIAS REGISTRADAS NO SERVIÇO DE INSPEÇÃO FEDERAL
Manteiga, qualidade, nordeste.
A manteiga é reconhecida como um produto de alto valor agregado, diretamente vinculado à sua qualidade. Diante da demanda por segurança alimentar, o poder público é incumbido de regulamentar e controlar o processamento de alimentos, por meio do serviço de inspeção através de análises periódicas, a fim de garantir a conformidade com seus padrões específicos. Os perfis microbiológico e fisico-químico são ferramentas cruciais para avaliar a qualidade desses produtos. Diante de tamanha importância, o estudo teve como objetivo avaliar não conformidades microbiológicas e físico-químicas em manteigas produzidas por unidades de beneficiamento de leite registradas no MAPA, entre 2019 e 2023, analisadas pelo PACPOA. Indústrias nos estados nordestinos foram selecionadas, e amostras foram coletadas por servidores oficiais, seguido das diretrizes do Manual de Coleta de Amostras. As análises, realizadas pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária, seguiram padrões internacionais e foram analisadas baseadas no RTIQ e Manual de Métodos Oficiais para Análise de Produtos de Origem Animal, considerando Manteiga Comum e Manteiga de Primeira Qualidade. Os dados obtidos revelaram que as amostras oriundas do Estado da Paraíba apresentaram a maior proporção de não conformidades (57%), representando sua dominância tanto nas análises microbiológicas, quanto nas físico-químicas. Pernambuco foi o Estado que proporcionalmente apresentou o menor número de não conformidades. Em se tratando exclusivamente das análises físico-químicas, a umidade e a matéria gorda/lipídeos foram os parâmetros mais frequentemente alterados, sugerindo possíveis fraudes econômicas e comprometimento da conservação do produto.