COMPATIBILIDADE DE FUNGOS ENTOMOPATOGÊNICOS COM OS PARASITOIDES Phaedrotoma
scabriventris (HYMENOPTERA: BRACONIDAE) E Neochrysocharis formosa (HYMENOPTERA:
EULOPHIDAE), EM CONDIÇÕES DE LABORATÓRIO
Controle microbiológico; Entomopatógenos; Hymenoptera
Phaedrotoma scabriventris Nixon (Hymenoptera: Braconidae) e o Neochrysocharis formosa Westwood
(Hymenoptera: Eulophidae) são parasitoides utilizados no controle da mosca-minadora Liriomyza
sativae Blanchard (Diptera: Agromyzidae) na cultura do meloeiro (Cucumis melo L.), no semiárido
brasileiro. Outros agentes biológicos que vem sendo pesquisados para o controle da mosca-minadora
são os fungos entomopatogênicos. Contudo, ainda não se tem informações de como os fungos
entomopatogênicos agem sobre os inimigos naturais da mosca-minadora. Portanto, diante do crescente
interesse do uso desses fungos para o controle de pragas no meloeiro, o principal objetivo deste estudo
foi avaliar o efeito dos fungos Beauveria bassiana, Metarhizium anisoplae e Cordyceps javanica, sobre
os parasitoides N. formosa e P. scabriventris, em condições de laboratório. O trabalho foi realizado no
Laboratório de Entomologia Aplicada da UFERSA, em Mossoró – RN. Foram avaliados cinco
tratamentos: onde eram três fungos entomopatogênicos (T1 - B. bassiana, T2 - C. javanica e T3 - M.
anisopliae), além de uma testemunha negativa (T – água destilada) e uma positiva (TP- Vertimec).
Fêmeas dos parasitoides foram expostas por 24h a resíduos seco dos produtos em placas de Petri (40
fêmeas por tratamento). Após a exposição os parasitoides foram transferidos para arenas plásticas
onde permaneceram por mais 10 dias, com avaliações diárias da mortalidade. Os indivíduos mortos
foram isolados para a observação do crescimento micelial. A análise de sobrevivência foi feita através
do teste de Kaplan-Meier. Os resultados mostraram que em ambos os parasitoides apenas a
testemunha positiva apresentou mortalidade de todos os indivíduos. Diferentemente do que foi
encontrado para os fungos entomopatogênicos, que se mostraram compatíveis com os parasitoides N.
formosa e P. scabriventris onde apresentaram sobrevivências superior a 75%. Dos indivíduos mortos no
decorrer do experimento, apenas um apresentou crescimento micelial. Desse modo é possível concluir
que esses dois grupos de agentes de controle biológico avaliados, fungos entomopatogênicos e
parasitoides, são compatíveis.