CULTIVO DO MARACUJÁZEIRO-AZEDO SOBRE PORTA ENXERTOS UFERSA BRS RM-153, SUBMETIDO AOS ESTRESSES HÍDRICO-SALINO
Salinidade, Estresse, Passiflora foetida L., Passiflora edulis Sims.
No contexto do semiárido brasileiro, a escassez de águas disponível para a irrigação representa um desafio significativo para a agricultura. Para contornar essa limitação, é comum recorrer à utilização de toda e qualquer fonte de água disponível, mesmo que esta apresente qualidade inferior, visando aumentar a produtividade agrícola. No entanto, o emprego de águas salinas pode agravar o processo de salinização das áreas destinadas à produção agrícola. Diante dessa realidade, tem-se incentivado a utilização dessas águas em ambientes controlados, com controle tanto das lâminas empregadas como dos níveis de salinidades, testando espécies tolerantes ou não, para a realidade do semiárido, como opções de cultivo para a agricultura familiar, parcela essa que compõem boa parte dessa região. Dentro deste contexto o Maracujazeiro-Azedo, vem se destacando como uma das possibilidades de cultivo nessas condições, embora com a problemática da incidência de Fusarium oxysporum f. sp. Passiflorae, nas áreas produtoras, a comunidade científica vem aprimorando a pesquisa para com o foco em melhoramento genético de espécies nativas dessa região alguns trabalhos científicos instituições de pesquisa vem aumentando pesquisa com cultivares nativas do semiárido e resistentes a fusários, é que nos últimos anos vem se trabalhando e por termos poucos trabalhos com espécies nativas da região, aproveitando sua adaptação ao longo dos anos, é que o estudo tem como objetivo trabalhar a Cultivar UFERSA Brs Rm-153 como porta enxerto, cultivar resistente a doenças da cultura, e como enxerto a Cultivar de Maracujazeiro-Azedo SCS437 CATARINA, cultivar altamente adaptada ao litoral catarinense, podendo ser cultivado em todo o sul do Brasil, em áreas com baixo risco de ocorrência de geadas. A produtividade média dos pomares dessa cultivar no Sul de Santa Catarina é de 24t ha-1, com boa aceitação em mercados consumidores de maior expressão comercial no sudeste do Brasil. O trabalho consistiu em quatro blocos, sorteando sete tratamentos em cada bloco, sendo que esses tratamentos constam de quatro lâmina de irrigação (40, 60, 80 e 100% da evapotranspiração da cultura) e quatro condutividades elétricas da água de irrigação (1,5; 3,0; 4,5 e 6,0 dS m-1). Foram estudados fatores produtivos como rendimentos da cultura, características dos frutos, e levantamento das características desse solo com relação a adição desses tratamentos com relação ao desempenho das cultivares. Observou-se que o estresse hídrico acima de 50% reduz o rendimento, com redução no número de frutos e no teor de açúcar, sendo que, a cultivar enxertada foi tolerante mesmo nas condições de salinidade da água em até 6,0 dS m-1, estando o solo ao final do primeiro ciclo com CEes > 4,0 dS m-1 e PSTes > 15%. Palavras-chave: Salinidade, Estresse, Passiflora foetida L., Passiflora edulis Sims.