EFEITOS DO LEITE DE VACAS A1 E A2 NOS PARAMETROS HISTOPATOLÓGICOS E MORFOMÉTRICOS NO INTESTINO DE RATOS WISTAR
Betacaseomorfina -7; histomorfometria; Sistema digestório; Ratos Wistar.
As caseínas representam cerca de 80% das proteínas do leite, sendo as beta-caseínas A1 e A2 as formas mais comuns encontradas. A digestão da variante A1 da beta-caseína nos humanos tem como um de seus produtos, a betacaseomorfina-7 (BCM 7), a qual ativa os receptores μ opióides, sendo este composto o possível fator de risco para o aparecimento de problemas de saúde em humanos. Desta forma, o presente estudo teve como objetivos avaliar os parâmetros histológicos e morfométricos do intestino de ratos Wistar alimentados com leite A1 e leite A2 de vacas zebuínas. O efeito do leite de vacas A2A2 e A1A2 foram avaliado em 36 ratos machos, da linhagem Wistar, com média de 25 dias de idade, com peso médio de 50g, receberam, por gavagem, duas doses do leite de vacas A2A2 ou A1A2, na quantidade de 20mL/dia/kg de peso. No protocolo experimental, o leite foi administrado durante os 30 dias; os animais foram eutanasiados para a coleta de fragmentos do estômago, intestino, realização de análises histopatológicas e morfometreticas. Observou-se nos animais que receberam o leite A2, aumento significativo do peso corporal, sem alterações hepatológicas no intestino, bem como promoveu aumento significativo da espessura da mucosa, largura do vilo e área do vilo no segmento do jejuno. Nos animais que foram alimentados com o leite A1, foi observado no intestino uma maior quantidade de células inflamatorias, quando comparado com os demais grupos. Concluiu-se que os grupos que receberam água destilada e leite A2, mantiveram a integridade intestinal, enquanto, o grupo que recebeu o leite A1 apresentou processo inflamatorio no intestino.